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CÂMERA FLAGRA SUSPEITO 05.09.2024 | 14h05

Vídeo - Intolerância religiosa motivou em incêndio na Casa Ogum, em VG, diz coletivo

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O Coletivo Aájò denunciou que o incêndio ocorrido na loja Casa de Ogum, na noite da última terça-feira (3), em Várzea Grande, é, na verdade, um crime de intolerância religiosa. O grupo cobra mais agilidade dos órgãos competentes nas investigações para que os responsáveis sejam identificados e punidos.

 

Conforme o já havia noticiado, a casa de artigos religiosos foi destruída pelas chamas. Testemunhas flagraram um homem saindo pelo telhado do comércio, momentos depois do fogo se espalhar. 

 

O Corpo de Bombeiros foi acionado e, após algumas horas, conteve as chamas e evitou que se propagasse para edificações vizinhas. Apesar dos danos materiais, não houve feridos. 

 

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Pautado na proteção das religiões de matriz africana de Mato Grosso, o Coletivo Aájò se manifestou sobre o ocorrido por meio de nota. No comunicado, a associação afirmou que o episódio violou a defesa a liberdade de culto expressa pela Constituição Federal, estabelecido pela Lei 14.532, que prevê de 2 a 5 anos de reclusão para crimes de discriminação religiosa.

 

 

 

Confira a nota na íntegra: 

 

“O Coletivo Aájò, representando a defesa da liberdade religiosa e dos direitos humanos, vem a público manifestar o mais veemente repúdio ao lamentável episódio de racismo religioso, ocorrido na noite de terça-feira (3), no centro de Várzea Grande, em que um incêndio criminoso foi provocado em uma loja de artigos religiosos. Conforme relatado por veículos de comunicação e registrado em imagens de câmera de segurança, um homem foi visto no telhado da loja CASA DE OGUM ARTIGOS RELIGIOSOS, e antes de as chamas começarem.

 

Este ato criminoso, que visou um estabelecimento de artigos religiosos, não é apenas um ataque ao patrimônio, mas, sobretudo, um atentado contra a liberdade de crença e a diversidade religiosa garantidas pela Constituição Federal. A Lei 14.532, sancionada em 2023, reforça que crimes como este, acrescenta a injúria e cria o crime de injúria racial coletiva, além de prever novas penas para casos de racismo em religiões, atividade esportivas e recreações, configurando o ato como racismo religioso, devendo ser punidos com rigor.

 

O Coletivo Aájò acredita que este ato não pode ser interpretado como um evento isolado, mas sim como uma manifestação da intolerância que afeta, especialmente, as religiões de matriz africana e outras minorias religiosas, que frequentemente sofrem ataques e discriminação no Brasil. Exigimos das autoridades competentes uma apuração célere e rigorosa dos fatos, com a responsabilização criminal do autor, conforme estabelecido pela Lei 14.532, que prevê de 2 a 5 anos de reclusão para crimes de discriminação religiosa. Não podemos tolerar que a intolerância se propague impunemente, destruindo não apenas os espaços físicos dedicados à prática religiosa, mas também a dignidade e os direitos daqueles que professam suas crenças em paz.

 

É mister neste instante relembrar, que o Coletivo Aájò, tem o cunho de combater qualquer ato de discriminação e ou preconceito, que envolva à intolerância e racismo religiosa, razão pela qual nos juntamos nessa luta, em prol da proteção do direito à liberdade religiosa, a liberdade de crença, o respeito ao sentimento religioso e a tudo que tange ao direito à fé, ao sagrado, ao respeito mútuo em nossa sociedade, para a garantia de que cada cidadão, tenha atendido o direito a sua religiosidade ou mesmo a ausência da crença religiosa ou divina, por ser o Brasil um Estado laico Sendo assim, não toleraremos em nenhuma hipótese tais práticas. Reafirmamos nosso compromisso com a luta contra o racismo religioso e exigimos respeito à liberdade de crença de todos os cidadãos e cidadãs deste país.

 

O Coletivo Aájò se solidariza com os proprietários da loja e com todos os praticantes de religiões que, diariamente, são vítimas de preconceito e intolerância, reafirmando que a justiça precisa ser aplicada para proteger e garantir os direitos de todos”. 

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