DEU EM A GAZETA 08.10.2021 | 07h18
thais@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
A decisão do governo estadual de retomar as aulas de forma 100% presencial em toda rede escolar a partir de 18 de outubro é considerada precipitada por especialista. Segundo o epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiiocruz), Diego Xavier, a medida foi tomada sem um planejamento correto. Para ele, o ideal seria primeiro Mato Grosso observar o que acontece com esse retorno em outros estados para depois saber se é seguro a volta totalmente presencial nesse momento.
“Acredito que o governo de Mato Grosso poderia esperar e observar o que está acontecendo nos outros estados que retomaram as aulas 100% presenciais e tomar uma decisão pautada nisso, porque existe transmissão em menores de 18 e estamos começando a avançar na vacinação desse público agora. Seria mais seguro observar primeiro e, depois, fazer de forma mais segura”, afirma.
O anúncio da retomada das atividades com todos dos alunos de forma presencial - exceto os portadores de comorbidades - foi feita na tarde desta quinta-feira (7) pelo secretário estadual de Educação, Alan Porto, que reforçou que o avanço da vacinação para os adolescentes de 12 a 17 anos e a cobertura vacinal dos profissionais de educação tornaram a escola um ambiente seguro.
“O ambiente escolar é o mais seguro, já que se tem com o cumprimento dos protocolos de biossegurança. A escola é um ambiente seguro. Esse negócio de falar que as aulas vão voltar e vão explodir os casos, não explode”, diz. Para Diego Xavier, é preciso olhar para além da unidade escolar e entender todo o contexto que envolve colocar os estudantes circulando com demais pessoas nesse momento em que ainda se enfrenta a pandemia.
“A maior parte dos gestores está acelerando essa retomada sem planejamento, não tem campanha de comunicação com comunidade escolar, não tem alertas sobre os cuidados desses alunos durante o trajeto até a escola, não tem envolvimento das equipes de transporte escolar e nem diálogo com os pais. Parece que estão tentando fazer a reabertura para ver o que acontece, e esse não é o jeito correto”.
O pesquisador acrescenta: “Boa parte dessas decisões não tem nenhum embasamento científico. Os gestores precisam entender que escola não são só aluno e professor. Quando a gente retoma as aulas, toda a população passa a circular mais, mas o governo não pensa nisso. Está sendo muito difícil para as crianças ficarem fora da sala de aula, mas o retorno não pode ser de qualquer forma, apenas por interesses políticos”, alerta.
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