Publicidade

Cuiabá, Quinta-feira 18/09/2025

Economia - A | + A

'irrealista' 14.09.2023 | 16h50

IFI; Risco de descumprimento de regras fiscais em 2024 é ampliado por projeção otimista

Facebook Print google plus

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, alerta, em relatório divulgado nesta quinta-feira (14), que a proposta de lei orçamentária (PLOA) para 2024 traz projeções otimistas para as receitas do próximo ano com um volume de despesas condicionadas elevadas, o que amplia o risco de descumprimento das regras fiscais em 2024. O Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) também considera a proposta de déficit zero no ano que vem “irrealista”.

 

A IFI pondera que as despesas penduradas, de quase R$ 400 bilhões, são arestas em aberto necessárias para o envio da PLOA nos prazos corretos. Como o Broadcast já mostrou, há valores condicionados à aprovação das medidas de ampliação de receita, à apuração da inflação e à regra de ouro (que impede o endividamento para pagamento de despesas correntes).

 

“O volume de despesa condicionada à realização de receitas incertas chega a R$ 168,5 bilhões e foi distribuído entre despesas primárias e despesas financeiras, inclusive o refinanciamento da dívida pública federal. Dessa forma, a não realização dessas receitas, ou a realização em valores aquém do esperado, eleva os riscos fiscais associados não só à provisão de gastos primários, como também à gestão da dívida pública. O PLOA também traz uma série de despesas condicionadas à aprovação de uma ressalva constitucional para cumprimento da regra de ouro. Todos esses condicionantes ampliam o risco de descumprimento das regras fiscais em 2024”, alerta a IFI.

 

Leia também - IBGE; apesar de estiagem país teve safra recorde no ano passado

 

Projeções otimistas

Na avaliação da IFI, a PLOA 2024 traz “projeções otimistas” para as receitas do governo. “Do impacto potencial de R$ 276,4 bilhões de medidas do Projeto de Lei Orçamentária Anual, R$ 69,7 bilhões dependem de aprovação do Congresso”, observa o documento.

 

As estimativas da IFI para as receitas são menores que as do governo. Para as receitas administradas, o desvio é de 1,8 ponto porcentual (p.p.) do PIB, o que equivale a R$ 219,8 bilhões na projeção de receita primária total do governo central. Ao levar em conta o desvio nas projeções das transferências, a receita primária líquida estimada pela IFI fica 1,6 p.p. do PIB abaixo da estimativa do governo, o que corresponde a R$ 192,3 bilhões.

 

A IFI justificou a adoção da postura mais conservadora em face da perspectiva de ocorrência de novas disputas ou continuidade de discussões de teses jurídicas a respeito de algumas fontes de arrecadação previstas pelo Executivo em 2024.

 

As medidas propostas para turbinar a arrecadação em 2024 incluem a taxação de fundos exclusivos e offshore, o fim da dedutibilidade dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), transações tributárias da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e Receita Federal, além das novas regras propostas para a apuração de subvenções estaduais em tributos federais (ICMS na base de cálculo do IRPJ e CSLL).

 

“Existem riscos para o cumprimento desse cenário e, na avaliação da IFI, a probabilidade de frustração de receitas não é desprezível. As circunstâncias associadas à nova regra fiscal, que coloca muito peso sobre as receitas para o comprimento das metas fiscais, impõem um grande desafio ao Executivo nos próximos meses”, diz o documento.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

O ano de 2000, além da virada do milênio, marcou a votação totalmente eletrônica no Brasil, contudo ainda há quem queira a volta da cédula impressa. Você prefere qual?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Quinta-feira, 18/09/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.