DEU EM A GAZETA 17.12.2025 | 06h52

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Otmar de Oliveira
Estudo realizado pela plataforma Nexus a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 4 em cada 10 consumidores em Mato Grosso e em todo o país já desistiram de compras internacionais em função do Imposto de Importação (II), conhecido como “Taxa das Blusinhas”. A medida, que entrou em vigor em agosto de 2024, foi criada para corrigir distorções tributárias no comércio eletrônico internacional e proteger a indústria e o varejo nacionais. Ainda assim, parte do setor produtivo enfatiza que o cenário de juros elevados e outros custos também influenciam a decisão de compra.
A estudante universitária e analista de contratos Júlia Oliveira representa esse novo comportamento de consumo. Ela afirma que reduziu o volume de compras em marketplaces estrangeiros, especialmente os chineses, após a taxação. “Em muitos casos, eu cheguei a perder o controle das finanças por causa dos preços atrativos e dos descontos promocionais, principalmente em eletrônicos e confecções. Ainda hoje, em alguns casos, a compra segue mais barata, mas, dependendo da necessidade, as lojas físicas voltaram a ser uma opção mais viável por causa do custo do frete”, relata.
O levantamento mostra que o percentual de consumidores que desistiram de compras internacionais por causa do imposto subiu de 13% em maio de 2024 para 38% em outubro do mesmo ano. Entre aqueles que abandonaram a compra, 42% desistiram de forma definitiva, 32% buscaram produtos semelhantes em sites nacionais e 14% recorreram ao comércio físico, o que indica uma mudança parcial no fluxo de consumo.
A taxação incide sobre compras feitas em plataformas internacionais como Shein, Shopee e similares, com alíquota de 20% de imposto para encomendas de até US$ 50. Além disso, há a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com alíquota de 17%.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados e Couros de Mato Grosso (Sincalco-MT), Junior Vidotti, o empresariado apoia a taxação, mas considera a iniciativa insuficiente.
“Ela precisa fazer parte de um conjunto de medidas para aliviar a pressão sobre o comércio nacional. Hoje existem diferenças tributárias entre os estados que criam concorrência desleal, como incentivos fiscais mais agressivos em outras regiões. A reforma tributária tende a corrigir esse cenário no médio prazo, mas o governo também precisa dar transparência aos dados para que o setor consiga planejar e melhorar a competitividade”, afirma.
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