VIÉS POLÍTICO 08.11.2022 | 11h26
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução / TRE-MT
Juíza federal Clara da Mota Santos Pimenta Alves, que foi alvo de discriminação em um restaurante na última sexta-feira (4), registrou um boletim de ocorrências relatando as ofensas feitas por um dirigente brasileiro da petrolífera britânica British Petroleum (BP). O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) manifestou solidariedade à magistrada e o presidente, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, classificou como “repugnante a discriminação que vem assolando este pais por causa de viés político”.
A manifestação do presidente foi feita ao final da Sessão Plenária desta terça-feira (08), e teve adesão dos demais membros da Corte Eleitoral e da Procuradoria Regional Eleitoral. A juíza federal auxilia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e até setembro deste ano, integrou o TRE-MT como juíza-membro titular.
No boletim de ocorrência registrado, a magistrada diz que o executivo teria atribuído a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Bahia, estado que "não produz nada" e "não possui PIB". A juíza Clara da Mota, que é baiana, estava acompanhada de suas duas filhas pequenas, e afirmou que o executivo sabe de sua origem e de sua ocupação, já que suas filhas convivem juntas há mais de dois anos.
A vice-presidente e corregedora regional eleitoral do TRE-MT, desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, endossou a manifestação de solidariedade e ressaltou que, por se tratar de uma mulher, a covardia é ainda maior.
Confira a íntegra da manifestação proferida pelo presidente do TRE-MT:
“Ao encerrar esta sessão, quero manifestar a minha solidariedade a Dra Clara da Mota Santos Pimenta Alves, Juíza Federal, e que integrava até dias atrás esta Corte Eleitoral, pelas agressões verbais sofridas contra a sua pessoa e de sua família, por um indivíduo que certamente não tem as raízes mato-grossense. É repugnante a discriminação que vem assolando este pais por causa de viés político.
Cada um de nós temos a responsabilidade pelo futuro e de promover a pacificação, e para isso devemos começar a registrar esses fatos, essas agressões, e processar os seus autores.
Receba a minha solidariedade, Dra. Clara, e esteja certa que é assim que se deve agir mesmo, punindo os transgressores”.
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