paralimpíadas 31.08.2021 | 08h18
Foto: Reprodução/Instagram
O brasileiro Yeltsin Jacques dominou os 1.500m da classe T11 (cegos), bateu o recorde mundial e conquistou a centésima medalha de ouro da história do País em Jogos Paralímpicos. Em Tóquio, ele fechou a prova com o tempo de 3min57s60. A melhor marca até então era do queniano Samwel Kimani, alcançada nos Jogos de Londres-2012 com o tempo de 3min58s37.
A medalha de prata ficou com o japonês Shinya Wada, bem atrás do brasileiro, com o tempo de 4min05s27. O bronze foi para Fedor Rudarov do Comitê Paralímpico Russo (4min05s55). Yeltsin conquistou sua segunda medalha dourada em Tóquio. Ele já havia vencido os 5.000m T11.
‘Hoje de manhã o Bira (guia) falou isso (que poderia ser a centésima medalha de ouro da história). Isso deu uma motivação a mais. Queria essa conquista por dois motivos. Para subir o brasil no quadro de medalhas e construir essa história. Tenho que agradecer minha esposa por aguentar nós, minha família por estar sempre apoiando. Só tenho que agradecer mesmo‘, comemorou Yeltsin.
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Depois de conquistar duas medalhas de ouro nesta segunda-feira, com Claudiney Batista e Elizabeth Gomes, e alcançar 99 honrarias douradas, a expectativa é que a centésima seria atingida neste sétimo dia de competição da Paralimpíada de Tóquio. Mas, por um centésimo, ela não saiu na manhã desta segunda-feira. Nos 100m rasos categoria T63 (lesões nas pernas), Vinícius Rodrigues levou a prata depois de terminar a prova com o tempo de 12s05, um centésimo atrás do russo Anton Prokhorov, que correu 12s04, e levou o ouro.
A PRIMEIRA MEDALHA
Foram necessários 16 anos e quatro edições de Paralimpíada para o País conquistar o seu primeiro ouro paralímpico desde a estreia brasileira nos jogos, em 1972, em Heidelberg, Alemanha. A primeira vez que o Brasil subiu no lugar mais alto do pódio foi em 1984, nos Jogos disputados em Nova York, nos Estados Unidos, e em Stoke Mendeville, na Inglaterra.
Como não há registro dos horários das provas, o Comitê Paralímpico Brasileiro informou que não é possível dizer quem é o brasileiro dono do primeiro ouro. Foram sete medalhas douradas conquistadas por cinco atletas na ocasião: Márcia Malsar (200m rasos), Amintas Piedade (arremesso de peso e lançamento de dardo), Luiz Cláudio Pereira (arremesso de peso e lançamento de dardo), Miracema Ferraz (arremesso de peso) e Maria Jussara Mattos (4x50m medley).
Márcia Malsar foi escolhida para carregar a tocha olímpica na cerimônia de abertura da Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Na ocasião, por conta da forte chuva que caía durante a cerimônia, ela escorregou enquanto caminhava com a tocha. Imediatamente ela se reergueu e continuou o percurso arrancando aplausos do público. O momento foi visto como um símbolo de superação.
MAIORES MEDALHISTAS
Os Jogos de Nova York/Stoke Mandeville também inauguraram, com Luiz Claudio Pereira, uma categoria de atletas que ajudou o Brasil a alcançar essa marca histórica mais rápida: os multimedalhistas.
Com dois ouros nos jogos de 1984, Pereira conquistaria mais quatro na carreira. Ainda pelo atletismo, se destacam Odair Santos, que ganhou cinco ouros em quatro jogos, entre 2004 e 2016; Terezinha Guilhermina, três ouros; e Ádria Santos, lendária velocista que foi campeão paralímpica quatro vezes em seis participações.
O atleta que mais venceu ouros no Brasil foi Daniel Dias, que conquistou 14 ao todo. O brasileiro, que também é o maior medalhista paralímpico do País, com 27, é seguido de André Brasil (7 ouros) e Clodoaldo Silva (6 ouros). Pelo judô, Antônio Tenório também conquistou quatro medalhas douradas na carreira, e a modalidade Futebol de 5 contribuiu para essa somatória subindo no lugar mais alto do pódio quatro vezes.
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