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suposta ligação com arcanjo 30.01.2023 | 07h03

Ao negar devolução de carro, juiz aponta que foi comprado com dinheiro de jogo do bicho

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João Vieira

João Vieira

Em decisão publicada no Diário de Justiça de quinta-feira (26) o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, julgou improcedente um pedido feito por Marcelo Gomes Honorato para que fosse restituído seu veículo, um Chevrolet Onix, que teria sido comprado com dinheiro de jogo do bicho. Marcelo teria atuado como arrecadador de dinheiro e fornecedor de suporte às máquinas de apostas e suprimentos para a organização criminosa que seria liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues.

 

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Marcelo Gomes Honorato foi denunciado no processo oriundo da Operação Mantus, que apurou crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e jogo do bicho. Ele pediu restituição de bem apreendido alegando que o Chevrolet Onix ano 2018/2019 foi adquirido licitamente e em data anterior à deflagração da operação.

 

O Ministério Público opinou pelo indeferimento do pleito. O juiz argumentou que, apesar do veículo ter sido adquirido em meados de 2018 e a operação ter sido deflagrada no ano seguinte, consta na denúncia que as ações da organização criminosa, da qual Marcelo supostamente fez parte, remontam ao início de 2017, “havendo indícios concretos de que Marcelo se dedicava às atividades criminosas desde muito antes da apreensão do veículo”.

 

Além disso, por considerar que a apreensão do veículo interessa ao processo o magistrado julgou improcedente o pedido.

 

“Assim, ante a presença de indícios concretos que evidenciam a possibilidade de o veículo ter sido adquirido por meio da exploração de atividades ilícitas, percebe-se que a manutenção de sua apreensão ainda interessa ao processo e não é cabível a restituição”, disse o juiz.

 

Alvo de operação

 

A Polícia Judiciária Civil (PJC), através da Delegacia Fazendária e do Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), deflagrou a Operação Mantus para desarticular as organizações criminosas que praticavam jogo do bicho.

 

A PJC apurou que havia sido reestruturada e estava em franca atividade, desde 2017, disputando espaço com a ELLO/FMC, a organização criminosa denominada Colibri, a qual Marcelo Gomes Honorato integrava.

 

A Colibri teria sido colocada em funcionamento pelos líderes João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues com o fim de obter vantagem patrimonial ilícita através do jogo do bicho e da lavagem do dinheiro obtido com a atividade ilícita, terminando por praticar outros delitos como meio de manter o domínio do espaço territorial explorado para o jogo.

 

Embora os fatos tratados na denúncia tenham sido cometidos nos anos de 2017, 2018 e primeiro trimestre de 2019, há notícias de que, mesmo quando se encontrava preso, João Arcanjo continuava a liderar o jogo do bicho em Mato Grosso, através de seu genro Giovanni.

 

Segundo a polícia, Marcelo atuava como arrecadador de dinheiro e fornecedor de suporte às máquinas de apostas e suprimentos, atendendo também ao interior do Estado.

 

No dia 10 de julho de 2018 ele foi preso por policiais do GCCO e em seu aparelho celular foram encontradas planilhas de controle de valores arrecadados em apostas, e diversos diálogos relacionados ao jogo do bicho.

 

A partir da quebra do sigilo bancário de Marcelo, a polícia verificou que ele movimentou em suas contas bancárias, no período aproximado de um ano e meio, a quantia de R$ 1.559.393,62.

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