DENÚNCIA DO MP 15.09.2025 | 18h10
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
A Justiça da Comarca de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá) recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou réus o empresário Gabriel Júnior Tacca e o comerciante Danilo Carlos Guimarães, acusados de homicídio qualificado contra Ivan Michel Bonotto, 35. Com a aceitação da denúncia, foi também decretada a prisão preventiva dos dois denunciados.
Segundo o MP, o crime foi praticado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, com entendimento de que os acusados agiram de forma premeditada, em comunhão de esforços e com dissimulação. A denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino, aponta que o homicídio foi motivado por vingança pessoal.
O crime ocorreu na noite de 21 de março de 2025. Ivan foi esfaqueado na Distribuidora Tacca, por Danilo Guimarães. O agressor e também o dono da distribuidora, Gabriel Tacca, afirmaram à polícia que se tratava apenas de uma briga de bar e que não conheciam a vítima. No entanto, após início das investigações, ficou comprovado que Ivan era amigo próximo de Gabriel e que ele havia mentido em depoimento.
A polícia apurou, ainda, que a esposa de Gabriel, Sabrina Iara de Mello, mantinha um relacionamento extraconjugal com Ivan, a vítima. Ao descobrir da traição da esposa e do amigo, Gabriel contratou Danilo para matar Ivan dentro de seu estabelecimento, simulando uma briga a fim de disfarçar o crime.
Ivan era morador de Tapurah (433 km a Médio-Norte) e quando visitava Sorriso se hospedava na residência do casal, com quem tinha vínculo de amizade e também um "romance" com a médica enquanto o dono da distribuidora viajava. A vítima morreu na UTI em 13 de abril, 22 dias após dar entrada no local.
Conforme o MP, o envolvimento entre Sabrina e Ivan teria despertado um intenso sentimento de vingança e rancor em Gabriel, sendo a descoberta da traição e do relacionamento extraconjugal "o estopim" para o cometimento do crime.
Gabriel Tacca e Danilo Guimarães foram presos durante a Operação Inimigo Íntimo, deflagrada pela Polícia Civil. Sabrina também foi alvo da operação.
Após o crime, Sabrina teria invadido o celular da vítima no hospital, apagando mensagens, arquivos e fotografias que poderiam comprovar a relação amorosa extraconjugal. A conduta foi enquadrada como fraude processual qualificada.
Embora grave, o Ministério Público entendeu que a ação de Sabrina não possuía ligação direta com o homicídio, não havendo provas, até o momento do oferecimento da denúncia, de sua participação na trama ou na execução do crime. Por isso, foi solicitado o desmembramento do processo, com o encaminhamento da apuração da fraude à 2ª Vara Criminal de Sorriso.
A medida visa garantir maior celeridade à investigação e evitar prejuízos à instrução do processo principal, que tramita no Tribunal do Júri.
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