Juiz nega pedido de transferência de acusada de mandar matar advogado em Cuiabá

Em audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (21) na Comarca de Patos de Minas (MG), o juiz Rodrigo de Carvalho Assumpção não atendeu ao pedido da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá para que Maria Angélica Caixeta Gontijo, acusada de mandar matar o advogado Roberto Zampieri, fosse transferida para a capital de Mato Grosso. Ele considerou que o magistrado que decretou a prisão é quem deve decidir sobre a transferência.

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A DHPP encaminhou seu pedido ainda na quinta-feira (21) à Comarca de Patos de Minas argumentando que o assassinato pelo qual Maria Angélica é investigada ocorreu em Cuiabá.

“Considerando o local dos fatos, Comarca de Cuiabá, e a complexidade das investigações, requer-se a determinação pelo recambiamento de Maria Angélica Caixeta Gontijo à cidade de Cuiabá, a ser feito por Aeronave da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso”.

A suspeita passou pela audiência de custódia na tarde de ontem (21) e na ocasião a defesa dela requereu que ela permaneça na Comarca de Patos de Minas, sendo assim indeferido o pedido de transferência, “haja vista que sua prisão ocorreu nesta cidade, bem como em razão das ameaças sofridas por ela, conforme relatado em seu depoimento".

O Ministério Público se manifestou favoravelmente ao pedido, no entanto, defendeu que a competência para decidir sobre isso é do Juízo que decretou a prisão. As prisões do executor, Antônio Gomes da Silva, e da suposta mandante foram decretadas pelo juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.

“Determino a remessa do feito, com a máxima urgência, ao Juízo de Cuiabá/MT, para análise do requerimento formulado pela defesa. No entanto, até que o requerimento seja analisado, determino que a autuada seja encaminhada ao Presídio Feminino de Presidente Olegário/MG”, decidiu o juiz de Minas Gerais.