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Assembleia Geral da ONU 19.09.2025 | 17h10

Após governo Trump impor restrições de circulação, Padilha desiste de ir aos EUA

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Walterson Rosa/MS

Walterson Rosa/MS

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, desistiu de acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ida aos Estados Unidos para participação na 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York. A informação foi confirmada pelo R7 com fontes próximas ao ministro.

 

A comitiva do petista deve embarcar para os EUA no domingo (21). A decisão de Padilha ocorre após o governo de Donald Trump impor restrições de circulação a ele — o ministro poderia apenas se deslocar entre o hotel e a sede da ONU.

 

Leia também - Senadores dos EUA apresentam projeto para derrubar tarifaço de Trump sobre o Brasil

 

As limitações impostas a Padilha impedem a participação em outros eventos. Além da assembleia da ONU, o ministro pretendia ir a uma reunião da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), em Washington.

 

Em um evento nesta sexta, em Campinas (SP), Padilha criticou a determinação e afirmou “não ter interesse de passear nos Estados Unidos”, porque já conhece o país.

 

“Tem várias reuniões bilaterais fora do prédio da ONU. Aí, [o governo dos EUA] disse que eu tenho que chegar em Nova York e ir do hotel para a missão e depois para o prédio da ONU. Primeiro, que eu não sou procurado pela Interpol, não sou condenado a nada no país para ter tornozeleira eletrônica, nem do Brasil, nem dos Estados Unidos. Terceiro, que essa é uma atitude para impedir que o Brasil tenha protagonismo internacional, sobretudo no continente americano, porque, na prática, isso impede eu sair de Nova York para ir a Washington”, declarou.

 

Padilha estava com o visto norte-americano vencido desde 2024. A autorização de renovação do documento ocorreu nesta semana, acompanhada, porém, das limitações.

 

“Eu conheço os Estados Unidos, porque o meu pai foi exilado nos Estados Unidos, eu tenho dois irmãos que nasceram e vivem nos Estados Unidos. Então, eu não tenho nenhum interesse de passear nos Estados Unidos. Há muito tempo, às vezes em que fui para lá, foi a trabalho. E o Itamaraty pediu que eu pudesse ir para lá participar de duas questões importantes”, acrescentou o ministro.

 

Reações
Mais cedo nesta sexta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil questionou na ONU as restrições impostas pelo governo dos EUA a Padilha.

 

“Nós estamos, por meio do secretário-geral da ONU [António Guterres] e da presidente da Assembleia Geral [Annalena Baerbock], relatando o ocorrido. São restrições que não têm cabimento, injustas, absurdas e nós estamos relatando e pedindo a interferência do secretário-geral junto ao país sede [EUA], que é o procedimento, é o canal legal”, afirmou Vieira a jornalistas, após reunião com a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, em Brasília (DF).

 

O visto norte-americano de Padilha, vencido desde 2024, foi autorizado nessa quinta (18).

 

“E também já tratamos do tema no comitê de relações com o país sede. Então, estamos esperando agora a ação do secretário-geral da ONU e da presidente da Assembleia Geral”, completou Vieira.

 

Na última segunda-feira (15), antes da liberação do documento do ministro da Saúde, a ONU classificou como “preocupante” a demora dos EUA em conceder as autorizações de entrada para a comitiva brasileira.

 

“Obviamente, é preocupante. Esperamos que os vistos sejam entregues”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

 

Ele reforçou que o governo Trump, como país sede nas Nações Unidas, tem obrigações a cumprir. “O acordo de sede exige que os EUA, nosso governo anfitrião, facilitem a viagem das pessoas que têm negócios diante desta organização”, acrescentou Dujarric.

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