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505 dias em cativeiro 13.03.2025 | 08h24

Ex-refém israelense apanhava sempre que negociações de cessar-fogo fracassavam

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O ex-refém Omer Wenkert relatou que, durante os 505 dias em que esteve em cativeiro na Faixa de Gaza, sempre soube quando as negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas fracassavam ou quando um terrorista importante do grupo era morto.

 

Segundo ele, a reação imediata dos sequestradores era descontar nele, através de agressões físicas e humilhações.“Cada acordo que falhava gerava frustração e fúria nos meus sequestradores”, disse Wenkert em entrevista à TV israelense Canal 12, a primeira desde que foi libertado em 22 de fevereiro.“Quando um dos líderes deles era morto, a violência aumentava. Eu sentia isso na pele”, disse Wenkert.

 

O ex-refém revelou que, nessas ocasiões, era espancado, recebia cusparadas e era forçado a realizar exercícios físicos exaustivos. “Eu estava fisicamente muito fraco. O objetivo deles era me humilhar”, acrescentou.

 

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Na entrevista, Wenkert afirmou que sua maior vitória foi ter sobrevivido ao cativeiro, mesmo sendo alvo de frequentes agressões. “Na cerimônia de propaganda que o Hamas fez antes da minha libertação, eu estava sorrindo. Para mim, aquilo era uma vitória. Eu lutei e venci.”

 

Terror e incerteza desde o sequestro


O pesadelo de Wenkert começou em 7 de outubro de 2023, quando ele e o melhor amigo, Kim Damti, foram ao festival de música ‘Nova’. O evento foi alvo de um ataque terrorista coordenado do Hamas, e Wenkert foi sequestrado. Damti foi morto no ataque.

 

O ex-refém descreveu o horror daquele dia: “As sirenes dispararam, e corremos para um abrigo antiaéreo. Inicialmente, pensei que havia apenas três ou quatro terroristas e que, em breve, o exército chegaria para nos resgatar. Mas então o tiroteio começou.”

 

Dentro do abrigo, os sequestradores lançaram granadas e atearam fogo no local. “As pessoas gritavam, mas, quando o fogo começou, tudo ficou em silêncio. Comecei a me sufocar com a fumaça. O tempo todo eu tentava me proteger usando os corpos das vítimas”, disse Wenkert.

 

Ao sair do abrigo, Wenkert percebeu que seria levado como refém. “Eles me disseram que não iam atirar em mim. Foi quando entendi que estava sendo sequestrado.” Em poucos minutos, ele já estava em Gaza.

 

A brutalidade do cativeiro


Desde o início, Wenkert enfrentou condições desumanas. Ele foi espancado regularmente, mantido na escuridão e teve acesso limitado a comida e água. Em uma ocasião, no dia do seu aniversário, um dos captores entrou na cela e o atacou brutalmente.

 

“Foi o meu ‘presente’. Ele me acordou com agressões insanas e me bateu com uma barra de ferro. Mas eu decidi que não mostraria fraqueza”, relatou.

 

Mesmo sem acesso a notícias, Wenkert percebia o impacto dos eventos externos com base na violência de seus sequestradores.

 

“Se um líder do Hamas era morto, eu sabia. O tratamento piorava. Eu era espancado. Quando as negociações falhavam, eles me faziam pagar por isso”, disse.

 

Nos últimos meses do cativeiro, Wenkert foi mantido com outros três reféns: Tal Shoham, Evyatar David e Guy Gilboa-Delal.

Apesar das violências sofridas, Wenkert disse que não sente desejo de vingança contra seus captores. “Não penso neles. Eles estão presos à própria maldade. E nós voltamos para viver nossas vidas. E essa é a nossa vitória.”

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