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busca por cessar-fogo 07.10.2025 | 17h25

Dois anos após ataque terrorista do Hamas, veja o que separa Israel e os extremistas de acordo

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Reprodução/Record News

Reprodução/Record News

Neste 7 de outubro, data que marca o segundo ano do início da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas, negociadores de ambos os lados continuam em busca de um acordo de cessar-fogo em reuniões no Egito.

 

As negociações no Egito partiram do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que enviou Steve Witkoff e o genro Jared Kushner para as reuniões. O objetivo é fechar os detalhes sobre as condições de libertação dos reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023.

 

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As conversas indiretas entre Israel e o Hamas, mediadas pelos Estados Unidos, Catar e Egito, provavelmente se concentrarão em dois aspectos da proposta de 20 pontos de Trump: a troca de palestinos mantidos por israelenses por reféns capturados no ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra, e a retirada israelense de partes de Gaza.

 

Israel diz acreditar que cerca de 20 reféns ainda estejam vivos em Gaza e busca os restos mortais de outros 25.

 

Segundo esse plano, os reféns serão trocados por 250 prisioneiros palestinos que cumprem penas perpétuas e 1.700 moradores de Gaza presos por Israel durante a guerra.

 

Para cada refém cujos restos mortais forem libertados, Israel também libertará os restos mortais de 15 moradores de Gaza.

 

Embora o plano preveja a libertação dos reféns em até 72 horas após a concordância de Israel, isso seria logisticamente difícil, dizem especialistas. E os dois lados ainda não chegaram a um acordo sobre quais prisioneiros palestinos serão libertados.

 

Hamas: lista de exigências
Os terroristas do Hamas também pedem, segundo o porta-voz do grupo extremista, Fawzi Barhoum:

 

- Cessar-fogo permanente e abrangente;
- Retirada completa do exército de Israel de toda a Faixa de Gaza;
- Entrada irrestrita de ajuda humanitária e de assistência;
- Retorno da população palestina deslocada às suas casas;
- Início imediato de um processo de reconstrução total, supervisionado por um órgão nacional de tecnocratas palestinos;
- Acordo de troca de prisioneiros.

 

Ainda não está claro se há acordo sobre todos os aspectos do plano, conforme apresentado inicialmente.

 

Na sexta-feira (3), o Hamas afirmou estar disposto a libertar os reféns. Mas o grupo terrorista não abordou os principais pontos do plano de paz americano, entre eles as exigências às quais se opôs no passado.

 

A proposta, por exemplo, pede que o Hamas se desarme e não tenha nenhum papel na governança de Gaza — posições israelenses importantes que o Hamas rejeita há muito tempo.

 

Também permanecem dúvidas sobre a retirada das forças israelenses de suas posições em Gaza. Em uma publicação nas redes sociais no sábado (4), Trump afirmou que Israel já havia concordado com uma linha de retirada inicial em Gaza para a primeira fase do acordo.

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou apoiar o plano de Trump, embora tenha assegurado que seu exército se manterá na maior parte da Faixa de Gaza, que controla em cerca de 75%.

 

No sábado, Trump advertiu o Hamas de que não “toleraria qualquer atraso” na aplicação de seu plano, que prevê um cessar-fogo, a libertação dos reféns em 72 horas, a retirada por etapas do exército israelense de Gaza e o desarmamento do movimento islâmico.

 

Pressões internas
Em negociações anteriores sobre o fim do conflito, o Hamas concordou com a retirada das tropas israelenses para uma zona-tampão perto da fronteira de Gaza com Israel. Mas o plano de Trump deixaria as forças israelenses mais profundamente em Gaza, e o Hamas sinalizou que pode se opor a alguns elementos do plano.

 

Em um discurso aos israelenses no fim de semana, Netanyahu tentou apresentar o plano de Trump como uma vitória. Ele disse que o cenário para um possível acordo para pôr fim à guerra havia sido preparado por sua decisão de manter a pressão sobre o Hamas com uma campanha militar devastadora, que atraiu a condenação de grande parte do mundo. Ele também citou esforços diplomáticos.

 

Membros da coalizão de extrema-direita de Netanyahu há muito se opõem a um acordo e ameaçam dissolver seu governo se ele concordar com um. O primeiro-ministro tem procurado apaziguá-los, mas também está sob pressão de muitos israelenses que querem um acordo sobre os reféns e o fim do conflito, bem como da comunidade internacional, incluindo Trump.

 

O Hamas também está sob pressão para pôr fim à guerra. Muitos palestinos em Gaza veem a proposta de Trump como sua melhor esperança após quase dois anos de extrema privação e repetidos deslocamentos.

 

Grande parte de Gaza foi destruída, dezenas de milhares de palestinos foram mortos, incluindo milhares de crianças, e Trump afirmou que Israel terá sinal verde para destruir o Hamas se o grupo terrorista não chegar a um acordo.

 

Trump exigiu nas redes sociais que Israel parasse de bombardear Gaza para permitir que o acordo com o Hamas avançasse. O exército israelense instruiu suas forças a se concentrarem na defesa, restringindo as operações militares na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades israelenses.

 

Os combates em terra, no entanto, continuaram. O exército israelense afirmou ter lançado vários ataques no domingo (5) contra o que descreveu como militantes ameaçando tropas. Equipes de emergência em Gaza disseram que não conseguiram alcançar alguns dos mortos porque estavam em zonas de combate.

 

Israel e o Hamas mantiveram conversas indiretas intermitentes ao longo da guerra, com as negociações geralmente fracassando. Rubio admitiu no domingo que a guerra ainda não havia terminado e que havia trabalho a ser feito, mas disse que desta vez poderia ser diferente.

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