ofensiva militar 02.02.2024 | 10h30
O Exército israelense avançará sua ofensiva militar na Faixa de Gaza até Rafah, próximo à fronteira com o Egito, anunciou o ministro da Defesa, Yoav Gallant. A cidade, no sul do enclave, tornou-se abrigo de civis palestinos que se deslocaram para desde o início da guerra, e a ONU descreveu a situação na região como uma "panela de pressão de desespero".
"A Brigada Khan Younis da organização Hamas foi dissolvida, completaremos a missão lá e seguiremos para Rafah. A grande pressão que as nossas forças exercem sobre os alvos do Hamas aproxima-nos do retorno dos raptados, mais do que qualquer outra coisa que possamos fazer", escreveu Gallant em uma publicação no X, na quinta-feira, 1, acrescentando que Israel "continuará até o fim".
Leia também - México, EUA, Filipinas e Botsuana abrem mercados para produtos de origem animal
Como reação, a ONU alertou nesta sexta-feira, 2, que a cidade está se tornando uma ‘panela de pressão de desespero‘ à medida que milhares de pessoas fogem de Khan Younis e de outras partes do sul de Gaza para a cidade, conforme a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas avança.
Jens Laerke, porta-voz do Escritório das ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), também disse que a situação em Rafah "não parece bem" em meio a preocupações de que a cidade seja o novo foco da campanha de Israel. "Rafah é uma panela de pressão de desespero e tememos pelo que vem a seguir", disse ele em uma reunião da ONU em Genebra, nesta sexta-feira.
"É como se toda semana pensássemos, você sabe, não pode ficar pior. Bem, vai entender. Fica pior. É muito importante para nós e para o Ocha deixar hoje registrada a nossa profunda preocupação com o que está acontecendo em Khan Yunis e Rafah, na parte sul da faixa, porque realmente não parece bom", acrescentou Laerke.
Falando de Jerusalém, Rik Peeperkorn, representante da Organização Mundial da Saúde nas áreas palestinas ocupadas, disse que a agência de saúde da ONU estima que pelo menos 8 mil habitantes de Gaza deveriam ser enviados ao exterior para cuidados médicos. Destes, cerca 6 mil necessitam de cuidados para ferimentos de guerra - como tratamento de queimaduras ou cirurgia reconstrutiva - enquanto o restante necessita de cuidados médicos para condições como cancro ou outras doenças, disse Peeperkorn.
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, um total de 243 pessoas foram encaminhadas para o exterior, disse ele, acrescentando:"Isso é uma ninhariaà é muito pouco". Ele continuou: "Rafah costumava ser uma cidade de 200 mil habitantes - uma cidade um pouco pacata... e agora abriga mais de metade da população de Gaza. Então, lembre-se, para onde essas pessoas deveriam ir? Talvez a questão devesse ser: isso não deveria acontecer. E Rafah não deveria ser atacada."
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.