'Foi como levar um soco' 09.11.2022 | 16h30
Reprodução/Reddit/Kirsten Mathisen
Uma mulher foi atacada por uma coruja em uma floresta nos Estados Unidos. O que parece ter sido apenas uma interação agressiva entre um humano e um animal selvagem pode ser sinal dos tempos que vem por aí, em que aves atacarão pessoas com cada vez mais frequência, segundo um especialista.
Kirsten Mathisen andava ao lado de uma floresta próxima da casa dela, em Washington, quando foi atacada por um agressor silencioso.
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Ela afirma que a ave foi rápida e atacou sem qualquer aviso. "Foi como levar um soco na nuca de alguém usando anéis", descreveu Kirsten, em entrevista ao site National Public Radio.
A agressão totalmente gratuita deixou a vítima aturdida. Ela conta que anda frequentemente naquela floresta e até já viu a coruja agressora antes — uma espécie branca denominada Strix varia.
Em casa, o namorado dela contou cinco ou seis cortes profundos na região da cabeça. Em um hospital, ela foi instruída a tomar vacina contra tétano para evitar contaminações das garras da ave.
Uma semana depois, a ave a atacou de novo, para desespero de Kirsten, que disse que "o medo de aves está desbloqueado" na vida dela após esses encontros.
A sequência de ataques fez Kirsten relatar o caso assustador em um fórum do Reddit, onde descobriu que outras pessoas da região foram igualmente atacadas por aves da espécie.
Uma mulher que corre nos arredores da mesma floresta até afirmou que corre com uma máscara de coruja na nuca.
De acordo com ela, a aparência de coruja do acessório não é o que traz proteção, e sim a presença dos olhos, uma vez que aves do tipo não atacam potenciais vítimas de frente.
"É uma solução absolutamente boba, mas desde que comecei a usá-la (setembro do ano passado, depois de ter sido atacada por uma coruja no Lincoln Park) não fui atacada de novo!", disse a mulher, que se identificou como Sarah, em depoimento enviado ao blog West Seattle Blog.
O biólogo de vida selvagem Jonathan C. Slaght, da ONG Wildlife Conservation Society, de Nova York, afirmou que ataques do tipo devem se tornar cada vez mais frequentes.
Segundo ele, a disponibilidade de florestas densas é cada vez menor, o que diminui a oferta de presas e a frequência das caçadas.
"Quanto mais você reduz os lugares onde uma coruja pode nidificar, mais provável é que ela esteja nidificando em algum lugar próximo aos humanos", explicou Jonathan, no site da ONG após analisar as imagens e ler o relato de Kirsten.
Ele também explica que as corujas da espécie Strix varia são algumas das mais territoriais de todas.
Jonathan deu dicas para que Kirsten e outras pessoas que caminhem evitem agressões do tipo: usar bonés, guarda-chuvas ou simplesmente caminhar em outros lugares nessas épocas do ano.
Por sua vez, Kirsten, a vítima, revelou admirar a beleza do predador: "Não quero que a coruja seja abatida ou algo assim. É muito bonita", finalizou ela.
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