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série de exigências 02.12.2025 | 15h44

Saiba o que Nicolás Maduro pediu a Donald Trump para deixar o poder na Venezuela

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente venezuelano Nicolás Maduro apresentou a Donald Trump uma série de exigências em troca de sua saída do poder, segundo revelaram fontes consultadas por agências internacionais.

 

A conversa, realizada em 21 de novembro, ocorreu em meio ao aumento da pressão militar e diplomática dos Estados Unidos sobre Caracas, que já soma 22 semanas de confrontos retóricos, sanções ampliadas e movimentações de tropas no Caribe.

 

Leia também - Trump dá ultimato para Maduro deixar o poder na Venezuela e sair do país, diz jornal

 

Trump confirmou que telefonou para Maduro, mas evitou divulgar detalhes. Fontes citadas pela Reuters afirmam que o presidente norte-americano ofereceu salvo-conduto para que o líder venezuelano deixasse o país com sua família. Maduro, por sua vez, disse estar disposto a partir, mas apenas se uma lista extensa de condições fosse atendida. Os pedidos foram rejeitados quase integralmente por Washington.

 

Entre as principais exigências, Maduro solicitou anistia legal total para si e para seus familiares, incluindo o cancelamento de todas as sanções impostas pelos EUA e o encerramento do processo que enfrenta no Tribunal Penal Internacional. Ele pleiteou ainda a retirada das punições aplicadas a mais de 100 altos funcionários venezuelanos, muitos acusados pelos EUA de corrupção, narcotráfico ou violações de direitos humanos.

 

Maduro também pediu que a vice-presidente Delcy Rodríguez assumisse um governo interino até a realização de novas eleições — um ponto considerado inaceitável pela Casa Branca. A proposta foi interpretada como uma forma de garantir que o núcleo do poder chavista seguiria no comando mesmo após sua saída formal.

 

Trump rejeitou a maior parte dos pedidos e manteve apenas a oferta de saída segura, impondo um prazo de uma semana para que Maduro deixasse a Venezuela rumo ao destino que escolhesse. O ultimato expirou na sexta-feira seguinte, sem qualquer movimento do líder venezuelano. No dia seguinte, Trump decretou o fechamento do espaço aéreo venezuelano, ampliando ainda mais a escalada da tensão entre os dois países.

 

O impasse ocorre enquanto os Estados Unidos mobilizam 15 mil soldados e deslocam o maior porta-aviões do mundo para a região, oficialmente sob uma campanha antidrogas. Caracas e especialistas afirmam que o poderio militar é desproporcional para esse tipo de operação e indicaria intenções de forçar uma mudança de regime.

 

Em discurso a milhares de apoiadores em Caracas, Maduro classificou as ações norte-americanas como “terrorismo psicológico” e reafirmou que deseja “paz com soberania”. Negou qualquer intenção de deixar o país sob pressão externa e reforçou sua “lealdade absoluta” ao povo venezuelano.

 

Rumores de que Maduro teria deixado a Venezuela após o ultimato levaram parte da população às ruas e à fronteira, temendo uma intervenção militar iminente. A Venezuela, por sua vez, reforçou posições militares ao redor de Caracas e de vias estratégicas, enquanto autoridades admitem que o país não teria capacidade de enfrentar os EUA em um conflito direto.

 

O governo de Maduro já pediu uma nova ligação com Trump para tentar reabrir negociações. Do lado norte-americano, autoridades admitem que ainda há possibilidade de um acordo para saída negociada, mas destacam que divergências profundas permanecem, inclusive sobre garantias legais, sucessão política e limites de atuação militar.

 

Com o ultimato descumprido e mais pressão militar na região, cresce o temor de que o prolongamento do impasse leve a episódios de violência, sabotagem e caos interno. O cenário que preocupa até opositores de Maduro, que temem que o país mergulhe em instabilidade caso o confronto evolua.

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