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tensão alta 15.06.2025 | 09h30

'Teerã vai queimar', diz Israel depois de ataques de mísseis; Irã ameaça EUA

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Marinha dos EUA/Arlo K. Abrahamson

Marinha dos EUA/Arlo K. Abrahamson

Em uma mudança na condução da guerra, as forças armadas de Israel anunciaram neste sábado, 14, que o Irã se tornou sua principal frente de combate. Gaza, até então centro da ofensiva israelense, agora é uma “posição secundária”, segundo as forças armadas israelenses.

 

O novo foco de Israel no Irã aumenta o risco de um conflito regional de grandes proporções, com potencial envolvimento direto de potências ocidentais. A tensão segue em alta, com ofensivas e contra-ataques sendo registrados em múltiplas frentes desde a madrugada de sexta-feira.

 

Leia também - Israel fecha embaixada e consulado no Brasil após ataque ao Irã

 

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que concluiu uma reunião de segurança com autoridades militares alertando que novos ataques do Irã poderão levar à “destruição total da capital iraniana”.

 

O israelense declarou que o governo iraniano está “transformando os cidadãos do Irã em reféns e criando uma realidade na qual eles pagarão um preço alto”. “Se (o líder supremo do Irã, aiatolá Ali) Khamenei continuar a disparar mísseis contra a retaguarda israelense, Teerã vai queimar”, disse.

 

Sob a justificativa de que o Irã estava se aproximando de um ponto “sem retorno” rumo à bomba atômica, nas últimas 24 horas as Forças Armadas de Israel lançaram um ataque sem precedentes em solo iraniano, atingindo mais de 200 instalações nucleares e militares e matando a cúpula militar do país, além de nove cientistas envolvidos no programa nuclear iraniano.

 

Ainda neste sábado, Israel bombardeou defesas aéreas e lançadores de mísseis do Irã, intensificando suas operações contra o país. A imprensa estatal do Irã afirmou que mais 60 pessoas, entre elas 20 crianças, morreram em um ataque de Israel contra um conjunto residencial em Teerã, capital iraniana.

 

Também no sábado, o Irã disparou mísseis e deixou mais duas pessoas mortas e 19 feridas no território israelense, segundo o jornal The Times of Israel.

 

Foi a primeira vez que as forças israelenses admitiram ter mirado a instalação nuclear de Fordow, um importante centro do programa nuclear iraniano que está em uma base da Guarda Revolucionária do Irã, enterrado quase meio quilômetro abaixo de uma montanha, embora a estrutura não tenha sofrido danos graves.

 

Autoridades iranianas, por sua vez, afirmaram que removeram equipamentos de Fordow antes dos ataques à fortificada instalação nuclear. Citado pela agência estatal IRNA, Behrus Kamalvandi, porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã, disse que os danos nos arredores da instalação são “administráveis”.

 

O local - construído em uma área subterrânea profunda e protegido por baterias antiaéreas - abriga centrífugas utilizadas no enriquecimento de urânio, essenciais para o desenvolvimento de armas nucleares.

 

O Exército israelense também divulgou imagens dos bombardeios. A ofensiva, segundo as autoridades de Israel, continuará com foco em instalações nucleares, bases militares, lançadores de mísseis balísticos e alvos humanos considerados estratégicos, como cientistas nucleares e oficiais de alto escalão. Neste sábado, Tel Aviv anunciou ter matado nove especialistas nucleares iranianos em ataques realizados desde sexta-feira (noite de quinta-feira em Brasília).

 

Resposta Iraniana
O governo iraniano acusa Israel de iniciar uma guerra ao realizar ataques que deixaram ao menos 78 pessoas mortas no Irã, na sexta. O governo israelense, por sua vez, diz que o conflito vai se estender pele tempo necessário.

 

Apesar dos apelos internacionais por uma diminuição da tensão, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, advertiu que “mais ataques virão”.

 

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que os ataques de Israel são uma “declaração de guerra”.

Diante da ofensiva israelense, o governo iraniano fez um alerta direto aos Estados Unidos, ao Reino Unido e à França, afirmando que, se houver qualquer interferência para impedir os ataques de Teerã contra Israel, bases militares e navios ocidentais na região poderão ser alvo de retaliação.

 

O presidente americano, Donald Trump, disse que os EUA ajudarão a defender Israel, e oficiais americanos foram citados em reportagens noticiosas dizendo que as forças dos EUA já ajudaram a abater drones e mísseis iranianos à medida que se aproximavam de Israel. O presidente da França, Emmanuel Macron, também disse na sexta-feira que seu país ajudaria a defender Israel contra represálias iranianas.

 

Por que o Irã é o coração dos conflitos no Oriente Médio?
O governo do Reino Unido disse que suas forças não forneceram nenhuma assistência militar a Israel, já que o primeiro-ministro, Keir Starmer, enfatizou a necessidade de diminuição das tensões.

 

Teerã está buscando dissuadir o apoio ocidental à defesa de Israel num momento em que a maioria dos mísseis e drones que lança contra o país estão sendo interceptados antes de alcançarem seus alvos.

 

No entanto, seguir adiante com a ameaça, divulgada no sábado através da mídia estatal, seria um enorme risco para o Irã, atraindo forças ocidentais para o conflito quando já está sofrendo com a força do bombardeio israelense .

 

Falando em uma sessão do conselho de segurança da ONU na sexta-feira, o diplomata americano McCoy Pitt alertou: “Nenhum país aliado ou milícia independente deve alvejar cidadãos americanos, bases americanas ou outra infraestrutura americana na região. As consequências para o Irã seriam terríveis”.

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