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20.04.2015 | 10h56

Tortura e morte: "diamantes de sangue" voltam à tona na África

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Famosos no mundo inteiro por terem sido usados para
financiar guerras e conflitos na África, os diamantes de sangue continuam
sendo causa do sofrimento de muitas pessoas no continente

Nos anos 90, o lucro das vendas dos diamantes de sangue foi usado para financiar a guerra civil em Angola. O conflito terminou em 2002 contabilizando cerca de 500 mil mortes.

Apesar de o país ter assinado um tratado em que se comprometia a comprovar que as pedras vendidas estariam “livres de violência”, os abusos nos campos de extração continuam até hoje.

Um vídeo vazado no ano passado mostra um homem agredindo um extrator com a parte não cortante de um facão. Denúncias de maus-tratos com cabos de fuzil, machados e outras armas são comuns, e muitas vezes acabam resultando em mortes.

Os motivos para os espancamentos é a recusa dos camponeses
em pagar propinas para soldados e capatazes.

O jornalista angolano Rafael Marques publicou um livro em
2011 em que detalha mais de 600 casos de tortura em apenas duas regiões do país.

Em entrevista ao Daily Mail, ele disse que os membros das
comunidades temem os soldados. — Muitas pessoas são mortas, e outras são agredidas tanto física quanto psicologicamente. Após a publicação de seu livro, Marques foi acusado de difamação pelos generais donos das minas de diamantes da região. Ele está
enfrentando processo e pode ser condenado a pagar cerca de R$ 4.800 em indenizações se for condenado.

Marques recolheu depoimentos de diversos torturados angolanos. Um homem relatou ao jornalista ter sido forçado a ficar de joelhos em cima de pedras e olhar diretamente para o sol por duas horas.

Outras vítimas relataram ter presenciado assassinatos bárbaros.

Os diamantes de sangue africanos ficaram conhecidos mundialmente depois do filme homônimo de 2006, produzido pela Warner Brothers.

O ator norte-americano Leonardo DiCaprio interpretou o papel principal Diamantes de sangue também foram manchete de jornais em 2010, quando a modelo britânica Naomi Campbell participou como testemunha do julgamento do ex-presidente da Libéria, Charles Taylor.

Ela teria recebido uma bolsa com diamantes de sangue, supostamente a mando de Taylor, após um jantar na casa do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, em 1997.

Campbell relatou ter doado os diamantes para instituições de caridade. Já Charles Taylor foi condenado a 50 anos de prisão no Tribunal de Haia por crimes contra a humanidade. 

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