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ataques 18.01.2024 | 08h57

Um dos alvos do Irã, Paquistão expulsa embaixador e promete troco

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Um dia depois dos ataques do Irã contra os vizinhos Paquistão e Iraque, além de Síria, o ministro da Defesa iraniano, Mohammad Reza Ashtiani, declarou na quarta-feira, 17, que seu país não terá qualquer limite na utilização de mísseis contra seus inimigos, se for necessário. O governo paquistanês expulsou o embaixador iraniano e prometeu responder aos bombardeios.

 

Os ataques iranianos foram uma retaliação a grupos sunitas que estariam por trás de um atentado no Irã, de maioria xiita, no começo do ano. As operações militares ocorrem também em meio à tensão entre Israel e grupos apoiados por Teerã, como o Hezbollah, no Líbano, e os houthis, no Iêmen, no contexto da guerra contra o Hamas em Gaza. "Somos uma potência de mísseis", disse o ministro. ‘Se quiserem ameaçar o Irã, reagiremos, e essa reação será proporcional, dura e decisiva."

 

 

Crise diplomática

 

O Irã demonstrou disposição de usar seu poderio militar com bombardeios consecutivos à Síria, na segunda-feira, e ao Iraque e ao Paquistão, um dia depois. Como resposta, o porta-voz da chancelaria paquistanesa, Mumtaz Zahra Baloch, disse que Islamabad expulsou o embaixador iraniano, que estava em Teerã quando ocorreu o ataque.

 

O chanceler paquistanês, Jalil Abbas Jilani, falou por telefone com seu colega iraniano, Hossein Amir Abdollahian. Durante a conversa, Jilani afirmou que o ataque "não apenas foi uma grave violação da soberania do Paquistão, mas uma violação flagrante do direito internacional e do espírito das relações bilaterais".

 

Leia também - EUA confirma designação do grupo Houthis, do Iêmen, como terroristas globais

 

Em reportagens nos meios de comunicação estatais, depois retiradas sem explicação, o Irã afirmou que tinha como alvo bases do Jaish al-Adl, o Exército da Justiça, grupo sunita fundado em 2012 que opera principalmente do outro lado da fronteira com o Paquistão. O grupo, que luta pela independência do Baluchistão (a maior província do Paquistão), é classificado pelos EUA e pelo Irã como terrorista.

 

Seis drones e foguetes armados com bombas atingiram casas que os militantes dizem que abrigavam crianças e mulheres dos combatentes. O Jaish al-Adl afirmou que o ataque matou duas crianças.

 

Um alto funcionário da segurança paquistanesa, falando à agência Associated Press sob condição de anonimato, afirmou que o Irã não compartilhou nenhuma informação antes do ataque.

 

O Irã conduziu bombardeios também no Iraque e na Síria. O alvo sírio foi a Província de Idlib, que não é controlada pelo presidente, Bashar Assad, um aliado próximo do regime iraniano, mas é controlada por um grupo de oposição.

 

Força

 

Teerã afirmou ainda que os ataques no Curdistão iraquiano eram contra Israel, acusado de operar um posto avançado de espionagem no local. As autoridades no Iraque rejeitaram a acusação e o país retirou seu embaixador em Teerã em protesto.

 

Analistas dizem que o Irã está caminhando em uma linha tênue, esperando exibir força e mostrar aos conservadores, que apoiam o regime, que pode atingir seus inimigos sem se envolver em uma luta com Israel ou EUA. Sanam Vakil, especialista da Chatham House, disse que o Irã tentou exportar seus conflitos, mas se descuidou deles internamente. "A grande ironia é que estar presente além de suas fronteiras atraiu riscos de segurança para dentro do Irã", disse.

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