Publicidade

Cuiabá, Terça-feira 14/10/2025

Opinião - A | + A

02.09.2009 | 03h00

A dívida externa do Brasil é histórica

Facebook Print google plus

A excessiva valorização do dólar, os juros exorbitantes, a necessidade do crescimento da economia brasileira ocorre concomitantemente à elevação da dívida externa, num país que ainda não era competitivo internacionalmente no comércio internacional, pois a agricultura, pecuária e parque industrial eram à época bastante rudimentar aliado à crise do petróleo e uma inflação descontrolada, fizeram que o Brasil patinasse por muito tempo na estrada do subdesenvolvimento. O maior trunfo de governantes da época era se endividar cada vez mais, principalmente no final da década de sessenta, setenta e oitenta, ao contrário do que faz o bom governo Lula.

Os problemas de inflação e aumento da dívida do país foram agravados em meados da década de oitenta. José Sarney (que hoje se encontra envolvido em corrupção) toma posse no governo tendo em vista o falecimento inesperado de Tancredo Neves. Sarney foi um desastre para o país, recebeu do bom governo militar uma dívida de 100 bilhões de dólares e uma inflação de 230% ao ano, quando deixou o governo entregou-nos como herança uma hiperinflação de 2.751% ao ano. No fracassado governo Sarney tivemos nada mais, nada menos do que quatro planos econômicos que só serviram para piorar a situação do país. A situação do Brasil só começou a tomar o rumo da estabilidade econômica a partir do dia 1º de julho de 1994, com o Plano Real do governo Itamar Franco. A inflação baixou de quase 50% no mês de junho a 4% em julho e o ano de 1994 terminou com uma inflação semestral de 20%. Fatos estes que dariam condições para o futuro presidente eleito, que tomou posse em janeiro de 1995 - Fernando Henrique Cardoso -, fazer um bom governo. O sociólogo foi outra decepção para o país, mesmo assim o pobre eleitorado brasileiro o reelegeu para mais um mandato em 1998. O governo de FHC caracterizou pelas inomináveis privatizações, com papéis podres, priorizando interesses privados nacionais e internacionais, corrupção com compra de votos para a reeleição, agravou-se o desemprego, a desigualdade social aumentou, aumento da dívida externa, impedindo a retomada do crescimento iniciada no governo militar.

O governo militar só contribuiu com o aumento da dívida devido às duas crises do petróleo ocorridas em 1973 e 1979, pois o preço do barril do petróleo triplicou de preço nesse período e o Brasil dependia da importação desse produto em quase 90% do consumo doméstico. Só no governo Lula é que nos tornamos auto-suficiente desse combustível fóssil. Com essa crise os países desenvolvidos aproveitando-se da grande liquidez de capital e a crise dos países periféricos, inclusive o Brasil, ofereciam uma vasta gama de empréstimos a juros flutuantes. É de se ressaltar que na década de oitenta até o fim do governo FHC o Brasil recorria-se aos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI), condicionando o nosso país a geração de superávit com políticas de arrocho salarial. Ao apagar das luzes do seu governo FHC contraiu um novo empréstimo de 30 bilhões de dólares, junto ao FMI. O governo de FHC, ao lado de Collor e Sarney, foi desastroso. Em 2003, deixa o governo o PhD FHC, de triste memória, e assume o ex-metalúrgico Lula, sem dúvidas o melhor presidente de todos os tempos, muito embora tenham alguns protótipos de "cientista político", verdadeiros energúmenos do tucanato, chamando o Lula de "fantasiado de presidente". São os fanáticos, ignorantes e deserdados de bons princípios, de direita, estes sim, são fantasiados de articulistas e/ou cientistas políticos. Oras bolas!

O Lula estabilizou a economia do Brasil, sem recorrer uma única vez a empréstimos internacionais. Encerrou as transações com o FMI e passou a partir de então de devedor para credor externo, pois o valor dos ativos brasileiro aplicados no exterior supera o valor da dívida externa pública e privada. Fato que faz com que o Brasil se encontre blindado à crise dos países ricos. O Brasil nunca esteve tão bem. Esperemos que o eleitorado não prejudique o país, elegendo o Zé Serra em 2010.

João da Costa Vital é contador, pedagogo, jornalista e analista político. Escreve em A Gazeta às quartas-feiras. E-mail: joaocvital@pop.com.br

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Nos últimos meses foram registradas várias denúncias de assédio sexual em instituições de ensino do nível básico ao superior. Você já se sentiu assediada (o) nestes ambientes?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Terça-feira, 14/10/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.