14.09.2015 | 00h00
Em tempos em que as discussões e alternativas para se buscar soluções para as mudanças climáticas e de pressão para a produção de mais alimentos, a abertura de diálogo entre os diversos setores produtivos e de conservação é a melhor forma de promover o desenvolvimento sustentável no Cerrado. Esta posição foi defendida pelo ambientalista e fundador da Fundação Mais Cerrado, Bruno Mello. O Dia Nacional do Cerrado foi comemorado ma última sexta-feira, dia 11. Na realidade o cerrado é um bioma bastante devastado e pouco se fala em se buscar soluções no sentido de reverter essa situação. Um debate ampliado é necessário.
é necessário empresa nesse senti, não apenas político, ms em todos os segmento. Ambientalista tem que conversar com o agricultor e ver a melhor forma de ter um desenvolvimento sustentável, mas que preserve os recursos naturais. Até para ele poder manter por muitos anos a produção e as comunidades em volta não sentirem tanto o impacto. Hoje discute-se apenas a necessidade de se ampliar a produção agricola, nunca que é preciso preservar a natureza. O cerrado é um alvo constante.
O Cerrado é considerado pelo agronegócio uma boa área para plantio, já que as existem poucas árvores, as áreas são planas e há boa oferta de água. E a imagem de que a agricultura é a solução para o país coloca mais pressão sobre o bioma. É necessária uma evolução ambiental no Cerrado para que a sociedade não venha sofrer com outras crises naturais. Temos essas crises climática e hídrica e daqui a pouco vamos ter a crise das pestes. Esse calor e falta de água favorece a proliferação de mosquitos e bichos, o que traz doenças para a população. É o que já vem acontecendo em São Paulo e outros lugares que têm problema de infestação de pestes.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de mais de 2 milhões quilômetros quadrado. Mas, desse total, somente 20% estão preservados e 5% são áreas prioritárias, com uma grande biodiversidade e aquíferos. Originalmente o bioma abrange os estados de Goiás, do Tocantins, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, da Bahia, do Maranhão, Piauí, de Rondônia, do Paraná, de São Paulo e do Distrito Federal, além de pequenas porções no Amapá, em Roraima e no Amazonas.
As nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul - Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata estão no Cerrado. Praticamente 80% da água de todo país nascem no Cerrado. Ele acabando, essa água vai acabar junto", disse o ambientalista, explicando que o solo do Cerrado é muito poroso, devido às grandes raízes das árvores, e consegue armazenar muita água. Pelo fato de interligar os biomas do Brasil, mexer com o Cerrado, mexe com todos ecossistemas. isso precisa ficar claro e se buscar soluções.
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