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04.07.2015 | 00h00

Lamentável

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Relatório De Olho nas Metas 2013-2014, divulgado esta semana pelo movimento Todos Pela Educação e cujos resultados de Mato Grosso foram manchete de primeira página da edição de A Gazeta de ontem, 03/07, apontam dados assustadores para qualquer um que se preocupa minimamente com a educação no país.

O documento aponta que o Brasil ainda precisa incluir cerca de 2,8 milhões de crianças e adolescentes, na Educação Básica. Estão fora da sala de aula 680 mil crianças de 4 e 5 anos e 1,6 milhão de jovens de 15 a 17 anos.

Além disso, precisa garantir que os já matriculados concluam os estudos dentro da faixa etária recomendada e com melhores índices de aproveitamento das disciplinas.

A cada vinte crianças que ingressam no ensino fundamental, apenas uma sai com a aprendizagem adequada em matemática, média de 9,3%. Em português, os resultados são um pouco melhores - 27% tem um desempenho aceitável - porém também abaixo das metas estabelecidas pelo governo federal.

E pior, elas não fazem ligação entre os conteúdos das duas disciplinas com o cotidiano. Ora, saber as quatro operações, ter uma raciocínio lógico, ler, escrever e ter o entendimento mínimo de uma mensagem escrita ou oral, fazem parte do aprendizado básico e essencial até mesmo para sobrevivência. Quando se pensa em mercado de trabalho, são vitais.

Os piores resultados foram em Roraima, onde apenas 2,7% dos estudantes terminam o ensino médio dominando o conteúdo de matemática; Maranhão com percentual 2,8% e Amazonas, 2,9%. Os estudantes do Distrito Federal tiveram o melhor desempenho com 17% deles demonstrando proficiência na matéria. No Rio Grande do Sul o percentual é 13,8%. O relatório destaca, porém, que nem mesmo os estados com melhor resultado atingiram a meta proposta pelo Todos pela Educação de 28,3% dos estudantes com domínio do conteúdo de matemática.

Em Mato Grosso, apenas 5,9% dos alunos da rede pública de ensino concluem o ensino médio sabendo adequadamente matemática e apenas 15,7% têm um desempenho aceitável em língua portuguesa - apenas 30,5% saem da escola com proficiência mínima de escrita e 26% com noções básicas de leitura. A pesquisa revela ainda que quase 50 mil alunos entre 4 e 17 anos estão fora da sala de aula no Estado, dos quais 12.305 possuem entre quatro e cinco anos (25%), 9.439 têm de seis a 14 anos (19%) e 33.641 de 15 e 17 anos (66%).

Certo é que o Brasil não bateu a meta dois do relatório de monitoramento, que era de ter, até 2010, 80% ou mais das crianças com até oito anos de idade plenamente alfabetizadas. E está ainda mais longe de atingir a meta de 2020, que é ter 100% das crianças nessa faixa etária sabendo o básico de matemática e língua portuguesa.

É muito triste quando nos deparamos com informações como estas. Elas refletem nossa falta de compromisso com uma questão tão séria e tão importante para o desenvolvimento social e econômico do país. Não há muito o que dizer, apenas lamentar.

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