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03.12.2003 | 03h00

Secomgate: da falácia à Justiça

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Não fosse a morosidade da Justiça, o episódio que se tornou conhecido como "Caso Secomgate" teria sido encerrado bem antes de ontem -- cinco anos depois --, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) decidiu pelo arquivamento do processo de cassação do mandato eletivo do senador Antero Paes de Barros (PSDB). A denúncia contra o político foi feita pela coligação Unidade Democrática, que uniu em 98 o PFL de Júlio Campos com o PMDB de Carlos Bezerra, ambos candidatos na época ao governo e Senado, respectivamente.

Antero foi acusado por abuso do poder econômico e uso da máquina administrativa, supostamente através da Secretaria de Comunicação Social do Estado. Desde a eleição de 98, da qual saiu vitorioso, o senador -- hoje presidente da CPI que investiga a evasão de bilhões de dólares, via contas CC-5, pelo Banestado -- tem sido submetido a uma verdadeira execração pública. Aliás, Antero e outros políticos, além de empresas citadas no caso foram condenados a um repudioso linchamento moral, sem a mínima chance de defesa.

O fabricado "Caso Secomgate" serviu ao longo dos últimos anos -- pleitos de 98, 2000 e 2002 -- como palanque para adversários políticos do senador Antero e até mesmo como mote principal dessas campanhas eleitorais. Destino diferente teve o agora ex-deputado federal Rogério Silva, cassado ontem pelo mesmo TRE. Os dois processos que o incriminavam pela compra de voto foram transitados e julgados em pouco mais de 12 meses.

Se a Justiça tivesse tido a mesma agilidade desse processo no "Secomgate", talvez o quadro político hoje de Mato Grosso fosse um pouco diferente. O forjado escândalo da Unidade Democrática serviu para abastecer manchetes de jornais, embora o objetivo eleitoreiro de Júlio Campos e Carlos Bezerra estivesse explícito.

Montado em cima de cifras astronômicas incompatíveis até mesmo com o orçamento da Secom e totalmente sem provas materiais, o Secomgate se resumiu à falácia de políticos decadentes, próximos de mais uma derrocada eleitoral. Agora, resta saber se o extinto Secomgate terá o mesmo destaque nos periódicos que plantaram manchetes carregadas de sentimentos espúrios.

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