R$ 1 milhão bloqueado 10.09.2025 | 09h07
yuri@gazetadigital.com.br
Reprodução
Roupas de marca, carros, joias e dinheiro foram apreendidos pela Polícia Civil durante a operação Tempo Extra, deflagrada na manhã desta quarta-feira (10), para desarticular o esquema de tráfico e lavagem de dinheiro iniciado por Paulo Witter Farias Paelo, o “WT”, e que estava sendo continuado por Joseph Ibrahim Khargy Junior.
Segundo a investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), dessa vez, foram cumpridas só uma prisão e 10 buscas e apreensão. Três carros foram apreendidos e contas bancárias foram bloqueadas, totalizando o valor de R$ 1 milhão.
Segundo a investigação, Joseph assumiu a responsabilidade de continuar às ações criminosas de WT. Ele estava atuando como articulador do esquema, organizando a distribuição e venda de drogas por Cuiabá, bem como cadastrar contribuintes comparsas em favor do grupo, para aperfeiçoar os ganhos e minimizar prejuízos.
Foi apontado ainda que ele teria papel estratégico na reestruturação financeira da facção após os bloqueios e prisões da Operação Apito Final, além de ser responsável por auxiliar na fuga de comparsas, sendo um suporte logístico de criminosos.
As investigações apontaram ainda que o grupo continua com as atividades criminosas, com o objetivo de lavar dinheiro proveniente dos crimes, por meio da movimentação de recursos ilícitos, inclusive por meio de empresas de fachada e aquisição de veículos de alto valor.
Apito Final
Deflagrada em abril de 2024 pela Polícia Civil, por meio da GCCO/Draco, a Operação Apito Final revelou um esquema de lavagem de dinheiro estimado em mais de R$ 65 milhões. Na ocasião, foram cumpridas 54 ordens judiciais, incluindo o sequestro de 45 veículos e a indisponibilidade de 33 imóveis. O principal alvo, WT, que também era dono de um time de futebol, continua preso.
A investigação, realizada ao longo de dois anos, apontou que o alvo principal utilizava diversas pessoas — entre amigos, familiares e advogados que atuavam como ‘laranjas’ — para adquirir imóveis, comprar e vender carros e atuar na locação de veículos com o dinheiro das práticas criminosas.
Tempo Extra
A operação é considerada uma extensão direta da Operação Apito Final, já que os alvos de ambas as operações são praticamente os mesmos, o que reforça a tese de continuidade das atividades criminosas por parte do grupo. A nova ofensiva busca desarticular a organização criminosa, asfixiando financeiramente o grupo, impedindo que ele se reestruture e retome o controle de áreas estratégicas para o tráfico e a lavagem de capitais.
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