CASO EMELLY BEATRIZ 16.03.2025 | 11h48
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
Familiares de Nataly Helen Martins Pereira, acusada de matar a adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, e de roubar o seu bebê, alegam em depoimento que a assassina sempre havia dito que era “laqueada”, portanto, a gravidez causou surpresa a todos, mas sustentou a suposta gestação durante meses com evidências em redes sociais e supostos exames. Irmã conta que acusada teria dito aborto espontâneo meses antes e que em seguida teria engravidado novamente.
Informações apuradas pela reportagem do mostram que o cunhado de Nataly, Alédson Oliveira da Silva, entrou em contato na manhã de quarta-feira (12) com ela para saber como estava de saúde. De imeadiato, o rapaz estranhou a atitude da cunhada que se recusou a dizer onde estava. Com isso, pediu sua localização em tempo real e novamente foi negada.
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Já no período da tarde, Nataly realizou com ele uma chamada de vídeo informando que havia entrado em trabalho de parto e que uma menina tinha nascido. Questionada novamente de onde estava, ela se recusou a dizer. Porém, Alédson visualizou que pelo local que aparecia no vídeo seria a casa da cunhada.
Confrontada, Nataly disse que estava na companhia da cunhada, mas Alédson constatou que a informação não era verídica, pois a mulher estava trabalhando naquele mesmo horário. Neste momento, ele decidiu pegar sua moto e foi para a casa no Bairro Jardim Florianópolis e ao chegar no local, encontrou Nataly enrolada em uma toalha e com uma criança no colo.
Ele narra que a bebê estava com aspecto “roxo” e com o cordão umbilical enrolado sobre a barriga da criança. Além disso, havia muito sangue no local, de cor escura coagulada no banheiro e no quarto. No banheiro, havia um shorts com muito sangue, o qual Nataly disse ser dela e havia pouco sangue nas pernas da mulher.
Em seguida, ajudou a mulher a se limpar e ainda limpou o sangue dos cômodos. Alédson ainda afirma que era de conhecimento da família que a acusada era laqueada e teoricamente não poderia ter engravidado.
Quem também sustenta a versão de que Nataly havia passado por procedimento de laqueadura é a irmã dela, Jessica Agnes Martins Pereira. Ela soube que a irmã estava grávida em meados do ano de 2024, mesma época em que se relacionava com Christian, que seria o pai da criança, e desde então se comportava como gestante, inclusive postava fotos da barriga e que também realizou chá de revelação.
Aos policiais, ela declarou que a Nataly já é mãe de três meninos e que essa gravidez seria a primeira de menina. A ela, a irmã contou que soube da gravidez por teste de farmácia ficou muito "desesperada porque não esperava" e que posteriormente fez um teste de sangue em Laboratório para confirmar.
Jessica ainda contou que não se recorda a data e nem se foi antes ou depois desse exame, mas que houve uma situação em que Nataly estava em casa e que teria passado mal e tido um aborto espontâneo e que novamente apareceu grávida.
Aos parentes ela sustentava a informação e enviava muitas fotos de ultrassons e falava até peso e tamanho do suposto bebê.
Jessica ainda conta que durante o dia inteiro da quarta-feira (12) não teve notícias de Nataly e somente a noite recebeu uma foto do Christian com a criança no colo já no hospital. Ela ainda conta que em conversas com a mãe, ela teria dito que também não sabia do tal “parto normal” e quando viu a foto da criança por foto já estavam no ambiente de Hospital.
Já por volta das 4 horas da madrugada recebeu uma ligação da cunhada avisando que estavam na central de flagrantes de Cuiabá e que estavam dizendo que a criança não era da irmã, o que ainda causou espanto já que viu a foto dela no hospital.
A cunhada de Nataly, que trabalhava no momento do "suposto parto", também é outra testemuha que informou no hospital que a mesma havia feito procedimento de laqueadura, o que dificultaria a possibilidade de gravidez, o que gerou dúvida à equipe médica para além dos exames que não indicavam que ela tinha passado por gestação recente.
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