Feminicida estava com passagem comprada para o Pará, diz delegado

Antônio Aluízio da Conceição, 21, réu confesso de feminicídio contra Emilly Bispo da Cruz, 20, cometido na manhã de quinta-feira (16), no bairro Pedra 90, em Cuiabá, já estava com passagem comprada para o Pará, sua cidade natal. A informação foi confirmada pelo delegado Hércules Batista Gonçalves durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (17).

As investigações já realizadas pela Polícia Civil comprovam que o crime já estava premeditado. O suspeito conhecia a rotina da vítima e agiu com frieza, visto que a abordou no momento em que levava o filho para escola, além de planejar a fuga com passagem comprada para outro estado.

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"Crime absurdo, crime bárbaro, premeditado e calculista, ainda mais nessas circunstâncias na frente do filho da vítima de 4 anos, durante as investigações concluímos que o assassino já havia adquirido a alguns dias passagens para o estado do Pará, sua cidade natal, o que tudo indica que ele fugiria", explicou o delegado.

O relacionamento que durou em média um ano foi marcado por situações conturbadas, a vítima era agredida e ameaçada. O último termino ocorreu há 24 dias e Emily estava dormindo na casa de amigas por medo das ameaças e perseguições de Antônio, que não se conformava com o fim do relacionamento.

Ainda segundo o delegado, durante o depoimento o assassino não demonstrou nenhum tipo de arrependimento, tentando ainda colocar a culpa na vítima alegando que ela o traía.

"Insensível, não demonstrou arrependimento, premeditou o crime e assim como outros feminicidas ainda tentou colocar a culpa na vítima, sua ação causou danos irreparáveis na vida de uma criança que presenciou toda a ação criminosa", pontuou.

Antônio Aluízio da Conceição responderá pelos crimes de feminicídio majorado, podendo pegar de 18 a 40 anos de prisão.

O caso

Emily Bispo da Cruz, 20, foi morta a facadas na manhã de quinta-feira (16), no bairro Pedra 90, em Cuiabá. O autor do feminicídio é seu ex-namorado. Ele cometeu o crime em frente ao filho da vítima, no momento em que ela o levava para creche.