Irmã narra que professora já foi sequestrada durante assalto há 4 anos e tinha traumas

Imagens feitas com auxílio de drone mostram local ermo na zona rural onde veículo com corpo da professora Rosineide da Silva Pereira, 41, foi encontrado na manhã este sábado (13). A área de mata fica há cerca de 10 km da cidade de São José do Rio Claro (315 km ao médio-norte de Cuiabá), onde a profissional da educação residia e foi vista pela última vez, após ser abordada por dois homens de moto na porta de casa, no fim da tarde de quinta-feira (11). Irmã da vítima diz que esta não é a primeira vez que Rosineide foi sequestrada.

Em entrevista a uma emissora de TV local, a irmã da educadora, Maria Cristina, narra que a última vez que conversou com Rosineide foi sobre a compra de um presente de aniversário via telefone, em que Rosineide narrou que estava quase sem bateria, mas ia para casa. Mais tarde a irmã notou que o visto por último do Whatsapp foi por volta das 17h e não retornou mais contatos.

Sem dormir e preocupada, Maria então pediu a uma vizinha que fosse até a casa da irmã. No dia seguinte, a vizinha contou a ela que não encontrou a professora e o carro não estava mais na garagem. Maria diz que Rosineide não tinha inimizade com ninguém, porém, há cerca de 4 anos, ela e o ex-marido, já falecido, foram assaltados e levados de carro por criminosos quando moravam em Campo Novo. O casal passou a noite toda dentro do porta malas do carro, fato que a deixou traumatizada.

Imagens de câmera de segurança próxima a casa da professora mostram ela chegando com carro na residência e em seguida dois homens de moto entram no local. Ela entra com o Jeep Compass na garagem e é abordada pela dupla. Eles entram no carro com a vítima e fogem por rumo ignorado. A moto foi deixada na casa, com a chave na ignição. Dentro da casa não havia sinais de arrombamento, nem luta corporal.

Professores da rede municipal onde Rosineide atuava estão sensibilizados com a notícia e citam que não notaram nada atípico no comportamento da educadora nos últimos dias. Relatos dão conta de que era muito querida por todos.

De acordo com informações repassadas pelas forças de segurança, câmeras de monitoramento do Vigia Mais MT e outras câmeras de segurança de residências da região auxiliaram na análise do trajeto durante as investigações.

Uma força-tarefa operacional para localizar a vítima foi estruturada por meio de duas equipes da Delegacia de Polícia Civil de São José do Rio Claro; duas equipes da 18ª companhia independente de Polícia Militar (18ª cipm); uma equipe da cavalaria da PMMT; uma equipe da força tática cr14; uma equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). ALI/18º CIPMMT,ALI/14º CR PMMT, ALI/10º BPM CR-01.

A operação foi coordenada com base em estratégias de busca tática territorial por geolocalização. Foi estabelecida a divisão de perímetros de atuação e responsabilidade entre as equipes.

Ainda nas primeiras horas da ação, a equipe aérea do Ciopaer localizou o veículo da vítima e corpo, estacionado em uma área rural nas proximidades do armazém Alto Da Mata. A equipe da Força Tática deslocou-se por via terrestre até o local indicado, onde realizou o isolamento da área, seguindo os protocolos estabelecidos para cena de crime.

O delegado responsável pela operação acionou a polícia técnico-científica para os procedimentos periciais necessários, visando à preservação de vestígios e à coleta de provas técnicas.

Até o momento ninguém foi preso pelo crime e não se tem notícia das circunstâncias em que o corpo da educadora foi encontrado.