acusado de levar droga em ambulância 04.09.2025 | 18h07
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Christiano Antonucci
Aprovado em seletivo realizado pela Prefeitura de Cuiabá em 2022, Genivaldo Evangelista Nunes foi exonerado nesta quinta-feira (4), após prisão em operação que investiga o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Nota encaminhada pelo Executivo diz que o ex-servidor tinha condutas irregulares e um pedido de desligamento em análise.
O agora ex-funcionário público é acusado de usar ambulância da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para transportar drogas do grupo criminoso liderado pelo advogado Douglas Antônio Gonçalves de Almeida, 32. A quadrilha agia na região metropolitana e fronteira de Mato Grosso, além de fornecer entorpecentes para o Maranhão, como aponta a Operação Conductor.
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Segundo Portal Transparência de Cuiabá, o funcionário tinha cargo de técnico em nível médio e lotado na coordenadoria da Unidade de Pronto Atendimento (UPA Norte), no bairro Morada do Ouro. Folha de agosto mostra remuneração bruta de 2.039,62 mais prêmio saúde de R$ 800. O contrato do servidor terminaria este ano, mas foi abreviado pela operação policial.
Conforme nota encaminhada ao , Genivaldo Nunes já era alvo de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) por condutas incompatíveis com o serviço público. As irregularidades não foram detalhadas, mas havia já pedido de demissão sob avaliação.
Veja nota na íntegra
O servidor Genivaldo Evangelista Nunes, motorista de ambulância, foi desligado da Prefeitura de Cuiabá nesta quinta-feira (04), imediatamente após sua prisão pela Polícia Civil. O profissional havia ingressado no quadro municipal por meio de processo seletivo em novembro de 2022, com contrato válido até 2025.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que o servidor já apresentava condutas consideradas irregulares durante o exercício de suas funções, motivo pelo qual um processo administrativo e o pedido de desligamento haviam sido protocolados em agosto deste ano e estavam em análise. A gestão municipal reforça que atua de forma responsável e transparente e se coloca à disposição das autoridades policiais para prestar todos os esclarecimentos necessários.
Operação
A investigação começou após a prisão de um homem de 31 anos, em 12 de abril de 2024, pela Polícia Rodoviária Federal em Cáceres. Ele transportava 153,8 kg de cocaína em um veículo Renault Master Eurolaf, disfarçado de transporte de passageiros. As apurações, que duraram mais de um ano, apontaram que a organização era voltada para o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, envolvendo pelo menos 31 pessoas físicas e 8 empresas.
Durante a investigação, descobriu-se a ligação da prisão com quadrilha de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O grupo recebia cerca de 150 quilos de drogas por semana, além de armas e munições e a estimativa é que tenha movimentado ao menos R$ 100 milhões.
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