Menores que decapitaram vítima agiram por sadismo, diz polícia

Dois menores de 14 anos apreendidos pela morte de Lucas Silva Costa, 22, no último domingo (15), em Pontes e Lacerda (448 km ao norte de Cuiabá), agiram de forma sádica e não demostraram arrependimento após terem decapitado a vítima, afirma a Polícia Civil.

Conforme o delegado Guilherme Rocha, a morte de Lucas foi decretada pelo tribunal do crime sob a alegação de que ele teria furtado drogas que pertenciam à facção criminosa que atua na cidade. Mas, a tamanha brutalidade aplicada no assassinato demostra puro sadismo.

“A visão que a gente tem é de que o crime foi cometido de forma sádica. Eles tentaram estrangular o Lucas, não conseguiram. Tentaram quebrar o pescoço dele, mas também não conseguiram. Então, já sem paciência, pegaram a machadinha e o decapitaram”, disse ao .

Rocha lembra ainda que os dois menores já são conhecidos da polícia. Tanto é que já foram autuados por um homicídio registrado na cidade no mês de setembro e, nos últimos dias, foram flagrados momentos antes de um roubo a residência.

“Eles não demostram arrependimento. Apesar da pouca idade, já são faccionados. Então, pela dinâmica, percebe-se que foi um crime ordenado”, destacou. Lucas foi enterrado no quintal da casa de um dos seus assassinos.

Segundo delegado, a casa era usada como boca de fumo e ponto de tráfico. Mas, um dos menores morava lá com a mãe e com o outro adolescente. Lucas foi morto na sala e teve o corpo arrastado até o quintal, onde uma cova rasa foi aberta.

O crime aconteceu na madrugada de domingo e, no começo da tarde, os suspeitos já tinham sido identificados e apreendidos. Além dos menores de 14, polícia deteve também um de 16 anos, que confessou ter ido à casa no momento do crime.

“Felizmente estamos conseguindo solucionar os casos com rapidez na cidade. A gente acredita que 5 pessoas participaram do crime, então, estamos identificando cada um e entendendo a participação na dinâmica”, finalizou Rocha.

Polícia já pediu a internação dos dois no Sistema Socioeducativo e aguarda o parecer do Ministério Público e da Justiça.