'atormentado' 23.09.2025 | 10h52
redacao@gazetadigital.com.br
Victor Ostetti
O policial militar Raylton Duarte Mourão relatou em depoimento que, após cometer o crime, teria ido ao Estado do Pará para jogar a arma usada no assassinato em um rio. Ele afirmou ainda que matou a personal Rozeli da Costa Sousa Nunes sob influência de um “demônio” que o atormentou por 3 dias, após receber uma notificação judicial contra ele e sua empresa. A informação foi repassada pelo delegado Bruno Abreu, durante coletiva realizada na manhã desta terça-feira (23).
“Ele confessou que recebeu essa notificação referente a uma batida de trânsito, na qual sua empresa sequer teria envolvimento, e ficou muito indignado. Segundo ele, ficou atormentado por um tipo de demônio durante 3 dias, que dizia: ‘mate essa mulher’. Entrou em uma guerra interna consigo mesmo e, às 3h da manhã, saiu de moto sem que a esposa soubesse para cometer o crime e matar Rozeli.”
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Ainda conforme o delegado, Raylton disse ter tentado resistir ao impulso, mas não conseguiu. Ele demonstrou arrependimento, alegando imaginar a dor caso alguém fizesse o mesmo com sua esposa. “Ele teria se perguntado se alguém fizesse isso com a esposa dele. É uma espécie de loucura com empatia”, afirmou.
A arma utilizada no crime foi um revólver. Raylton afirmou que teria ido ao Pará para descartar a arma, relato que as autoridades classificam como improvável.
Rozeli, que trabalhava como personal trainer, foi morta com tiros no rosto na manhã de quinta-feira (11), no bairro Canelas, em Várzea Grande, enquanto saia de casa para o trabalho. Raylton, que estava em uma motocicleta com um comparsa, foi o autor dos disparos.
Na manhã do dia 13 de setembro, investigadores da Polícia Civil realizaram uma busca e apreensão na residência do policial. Foram recolhidos diversos objetos, incluindo munições, eletrônicos, sapatos e até um par de luvas.
Rozeli havia movido uma ação judicial contra Raylton no valor de R$ 24.654,63, por reparação de danos materiais e morais, devido a um acidente de trânsito ocorrido na Avenida Filinto Muller, sentido centro, em março deste ano, envolvendo um caminhão-pipa registrado em nome do militar.
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