Vídeo - No hospital, médica pega celular de amante morto e 'apaga tudo'; marido foi preso

Yuri Ramires

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Investigação da Polícia Civil aponta que, aproveitando o fato de ser médica, Sabrina Iara de Mello, esteve no hospital enquanto Ivan Michel Bonotto, 35, estava internado até morrer. Lá, ela pegou o celular dele e apagou mensagens, fotos e vídeos. Ivan morreu dias depois.

Nesta terça-feira (15), o marido dela, Gabriel Tacca, foi preso em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), junto com o assassino. Gabriel é o mandante do crime. Já Sabrina é investigada por fraude processual.

Vídeo obtido pelo Gazeta Digital mostra a médica acompanhando Ivan. Ela chegou no hospital, no dia 22 de março, cerca de 4 minutos após ele dar entrada já esfaqueado. A investigação da Polícia Civil apontou que, nesse dia, ela pegou o celular da vítima e apagou vários registros.

Mensagens, fotos e até um vídeo da vítima com o executor – Danilo Guimarães – foram apagados pela médica. Ela passou 3 dias com o celular e entregou para a família, dizendo que havia apagado alguns arquivos para “proteger Ivan”.

Quadro clínico de Ivan melhorou. Assim que ele “acordou”, foi avisado pela família que Sabrina apagou vários arquivos do celular dele. Vítima não concordou com o fato e pediu, segundo apurado pela reportagem, que ela fosse proibida de fazer novas visitas.

Porém, ainda assim, ela continuou indo até o hospital. Na operação desta terça, Sabrina foi alvo apenas de busca e apreensão. O celular dela foi apreendido e será analisado. Apesar de já ser investigada por fraude processual, o objetivo agora é descobrir a participação dela na trama do homicídio.

“As investigações apontaram que a médica foi mentora da fraude processual e que após o crime, cometeu uma série de atos com o fim de esconder da Polícia a realidade dos fatos”, explicou o delegado Bruno França.

As investigações seguem em andamento para total esclarecimento dos fatos e a participação dos envolvidos.

Crime

Ivan foi esfaqueado na Distribuidora Tacca e, inicialmente, Gabriel relatou aos policiais que se tratava de uma briga no bar e que não conhecia os envolvidos. Danilo, inclusive, chegou a se apresentar na delegacia, alegou legítima defesa e confirmou a versão de ‘briga’.

Porém, a investigação do delegado França descobriu que é um crime passional. Ivan era amigo de Gabriel e que mantinha um relacionamento amoroso com Sabrina.

Ao descobrir o caso entre Ivan e Sabrina, Gabriel contratou Danilo para matar o amigo dentro da sua distribuidora, simulando a briga. Pelas imagens da câmera de segurança, Ivan foi atraído até o local e depois atacado pelas costas e esfaqueado de surpresa.

A vítima, moradora da cidade de Tapurah, sempre que ia para Sorriso se hospedava na residência do casal, tendo um forte vínculo de amizade e diversos registros de momentos de intimidade com os mandantes do seu homicídio.