30.05.2018 | 11h12
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Blairo Maggi (PP) disse que orientou o presidente da República Michel Temer (MDB) a tomar atitudes “mais firmes” para desmobilizar os caminhoneiros que ainda estão paralisados nas rodovias federais, mesmo com o anúncio de 6 medidas por parte do governo federal para atender às demandas dos manifestantes. A greve chega ao 10º dia nesta quarta-feira (30), já com a ação de forças policiais atuando em diversos pontos para desmobilizar os participantes do movimento.
“Ou ele desbloqueia essas estradas, faz com que a economia volte a funcionar ou, senão, de fato ele não tem como continuar. Ou é a desobstrução das rodovias ou é o pescoço do presidente que vai rolar”, disse o ministro em entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (30).
João Vieira![]() Ministro Blairo Maggi |
Segundo Blairo, a orientação ocorreu após receber informações do serviço de inteligência e de representantes de entidades de que outras pessoas, que não são da categoria de caminhoneiros, estariam tomando conta da situação, agora com a pauta da intervenção militar, com o objetivo de derrubar o governo.
“Não temos dúvida nenhuma disso que está acontecendo. Há um anseio por parte da população pela volta dos militares, ter uma ditadura no país. Eu não sou favorável a isso, não tem o mínimo de cabimento esse tipo de situação, mas tem gente que defende”.
O político rebate a reivindicação dizendo que, diferentemente de como pensam os chamados intervencionistas, o militarismo não vai resolver os problemas do Brasil. “Não vai se resolver porque a gente vai ter uma ditadura e aí vão brigar pra voltar para democracia. Quer dizer, uma coisa que demorou tanto tempo pra conquistar e agora querem botar fora”, criticou.
Maggi lembra que as eleições de outubro estão próximas e que este será o “momento do povo decidir o caminho e seguir o ano que vem dentro de uma política que a maioria vai escolher, mas pelo voto e não pela força”.
Além da questão política, o ministro da agricultura afirma que quem já está pagando e ainda vai pagar as consequências da crise no abastecimento é a população, com a alta de preços nos alimentos e até mesmo a falta deles.
“A sociedade vai sofrer muito. Os preços dos alimentos já estão subindo, o desabastecimento é muito grande. Então, eu não estou reclamando da questão dos caminhoneiros, eles fizeram um movimento, foi atendido. Eles mesmos estão dizendo que estão prontos pra ir embora e estamos reféns agora de um bando de baderneiros e pessoa que querem se aproveitar pra fazer política”, lamentou.
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