Botelho afirma que construção de ‘praia artificial’ não deve usar recursos públicos

Candidato à Prefeitura de Cuiabá, o deputado estadual Eduardo Botelho (União) afirmou que sua proposta de criação de uma praia artificial na cidade foi sugestão da população e deve ser custeada pela iniciativa privada, por meio de uma parceria. O objetivo de Botelho é “monetizar” a fama de Cuiabá, de ser a capital mais quente do país.

Leia também - Botelho rebate adversário e promete recuperação financeira de Cuiabá em até 2 anos

O deputado foi o segundo a participar da rodada de entrevistas com os candidatos a prefeito da capital nas eleições de 2024, no programa Tribuna, da rádio Vila Real FM 98.3. Ele foi questionado sobre uma proposta de seu plano de governo que gerou polêmica, a construção de uma praia artificial. Ele acredita que a cidade será atrativa o suficiente para empresas interessadas neste tipo de empreendimento.

“Foi uma sugestão da população que nós achamos que é possível sim. Não com dinheiro público, mas que uma empresa venha para cá, que faça isso e explore (...). Isso já existe em vários municípios do Brasil e porque não em Cuiabá? Que é uma cidade muito quente, que já tem o atrativo do calor, que não tem muitas atividades, que os rios são poluídos, os poucos lugares que tem as pessoas têm dificuldade de chegar lá, precisa de carro”.

Ainda como opção de atração turística, Botelho disse que pretende revitalizar diversas regiões da área central da cidade, como no Morro da Luz, na Igreja do Rosário e São Benedito (retirando a rua que passa em frente, levando a pista para onde hoje está a ilha da banana), na Praça da Mandioca, com a intenção de criar um roteiro turístico por ali.

“Isso é a menina dos olhos do Botelho, porque passa pela recuperação do centro, passa por recuperarmos o centro, fazermos se tornar atrativo (...). Como vamos recuperar? Primeiro ocupando o centro, porque o centro hoje não está ocupado pelo povo. (...) Levando a gestão municipal toda para o centro, depois fazendo cabeamento subterrâneo, fazer um trabalho de acessibilidade, recuperando casarões. Com isso estamos fazendo um roteiro que as pessoas podem fazer a pé, com um guia”.

Um dos desafios para isso é a ocupação da região por usuários de droga e pessoas em situação de rua. O candidato pretende encaminhá-las a centros de tratamento e acolhimento.