boicote francês 25.11.2024 | 17h08
allan@gazetadigital.com.br
TV Vila Real
O diretor técnico e operacional do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), Bruno de Andrade, afirmou que a decisão do Carrefour de suspender a venda de carne bovina do Mercosul na França terá um “impacto econômico irrisório” para o Brasil. Durante entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10), nesta segunda-feira (25), o gestor explicou que a participação da França nas exportações de carne bovina de Mato Grosso representam apenas 0,1% do faturamento total.
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“O impacto econômico é irrisório. As exportações de Mato Grosso em relação à carne bovina representam 0,1% do faturamento e volume do que a gente exporta para fora”, declarou Andrade, acrescentando que, embora o impacto econômico seja mínimo, a influência política da França e da Europa na opinião global merece atenção.
A decisão do Carrefour acontece em meio a negociações do acordo União Europeia (UE) e o Mercosul, que visa reduzir tarifas e facilitar o comércio entre os blocos, mas tem gerado resistência entre produtores europeus que temem perder espaço no mercado para produtos mais baratos dos países latinos.
A medida foi vista pelo diretor do Imac como uma resposta para agradar produtores franceses que têm protestado contra o acordo de livre comércio, temendo a concorrência dos produtos sul-americanos. “Foi para agradar os produtores franceses, que há algum tempo estavam fazendo protestos contra esse acordo Mercosul e União Europeia. O custo de produção na França ou Europa como um todo é muito alto. O Brasil acaba sendo extremamente competitivo quando se trata de carne bovina”, argumentou Andrade.
Além disso, o diretor defendeu as práticas sustentáveis e o rigor dos controles ambientais da pecuária brasileira, reforçando que o país possui um sistema avançado de rastreamento dos animais para garantir que não venham de áreas desmatadas ilegalmente. “Estamos bem seguros em relação às práticas que existem na pecuária de corte, porque hoje existe um controle muito grande da originação dos animais que são abatidos e é possível saber que aquele animal não é oriundo de uma fazenda que cometeu o desmatamento ilegal”, destacou.
Andrade ainda classificou a decisão do Carrefour como uma questão comercial, não ambiental, reforçando que a carne brasileira é amplamente reconhecida em mais de 160 países pela sua qualidade e respeito às normas internacionais. “Não vai ser uma rede varejista, por maior que seja no país, que vai conseguir desarmar isso. Não se trata de uma questão sócio-ambiental, mas sim de uma questão comercial”, concluiu.
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