troca de cpi por comissão 06.09.2025 | 09h40
redacao@gazetadigital.com.br
ALMT
No alvo de polêmicas e acusações por, supostamente, ter ajudado a enterrar a própria Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigaria ações de combate ao feminicídios no estado, a deputada estadual Edna Sampaio (PT) afirmou que não entendeu as críticas por acordo com o governo de Mato Grosso. Após tratativas, a CPI foi extinta e criada comissão temática provisória.
Na quarta-feira (30), uma semana desde o arquivamento da comissão, a petista admitiu o encontro com Fábio Garcia, secretário-chefe da Casa Civil. A deputada cita que sua tentativa, enquanto parlamentar da oposição, para investigar o governo é dificultosa, diante da grande base de apoio do Executivo estadual no Legislativo.
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Como alternativa, ela recorreu a um instrumento diferente: a comissão especial após o acordo no governo. A deputada garante que a nova comissão terá o mesmo objetivo e fará o trabalho que a CPI faria, mas com menos poderes.
“Eu não tenho problema nenhum com acordo. Eu acho que acordo faz parte da política, mas nesse caso não tinha como. Eu fui comunicada da impossibilidade de criar a CPI, que o governo não aceitaria essa CPI e outro instrumento que temos disponível na casa é a comissão especial. Estamos criando essa comissão para podermos fazer exatamente o que faríamos no requerimento de CPI que apresentei nesta casa”, explicou.
Apesar de não ter o poder investigativo de uma CPI, a deputada pontua que a comissão é capaz de organizar o trabalho e formar metodologia para aprofundar o conhecimento sobre ações de combate ao feminicídio e proteção de mulheres.
“A comissão não tem prerrogativas de uma CPI, mas ela tem o poder construir uma base de estudos para poder analisar, aprofundar na investigação, que não será uma investigação criminal, não é uma investigação policial. Os instrumentos daqui são instrumentos para aprofundar no conhecimento de uma determinada realidade e que nós queremos que seja interferida pelo poder Executivo de forma assertiva. Não adianta fazer discursos, e, na prática, a gente não ter, efetivamente, uma política de proteção às mulheres aqui no Estado de Mato Grosso”, finaliza.
Como mostrou o , a CPI do Feminicídio foi proposta ainda em 20 de agosto, quando a deputada petista completou uma semana na Casa. No dia, Edna disse que ao menos 9 deputados assinaram o pedido. Já na segunda-feira (25), a deputada recebeu a informação de que dois pares adentraram no movimento, e posterior, outros dois deputados incrementaram o pedido, saltando para 13 assinaturas. Na quarta-feira (27), quando levada a apreciação na Mesa Diretora, descobriu que 6 deputados deixaram o requerimento. Com isso, apenas 7 assinaturas permaneceram, impossibilitando a abertura, já que o mínimo necessário é 13.
Atualmente, dos 24 deputados, apenas 3 são mulheres. Contudo, somente Janaina Riva (MDB) titular. Edna e Sheila Klenner (PSDB) são suplentes e logo deixarão os cargos.
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