sem confusão ao eleitor 02.09.2025 | 15h03
redacao@gazetadigital.com.br
STF
O advogado Paulo Cintra, que atua na defesa de Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no julgamento sobre tentativa de golpe contra a democracia, afirmou que “vivemos um inferno por conta dessa polarização, por parte de pessoas que têm políticos de estimação”. A sessão foi aberta na manhã desta terça-feira (2) e, no período vespertino, as defesas dos réus tiveram chance de apresentar alegações.
Além de criticar a divisão entre direita e esquerda acentuada no país os últimos anos, o advogado mencionou por várias vezes o voto impresso e auditável no processo eleitoral.
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Ao fim da fala, o advogado foi advertido pela ministra Carmen Lúcia, que ponderou se o jurista entendia que voto impresso e voto auditável são coisas distintas. Pois, em seu discurso, ambos eram tratados como sinônimos, o que poderia causar confusão ao eleitor.
O advogado disse que sabia e tentou se explicar, mas foi advertido pela ministra. “O processo eleitoral é amplamente auditável no Brasil. Desde que foi criado o processo eletrônico, ele é auditável e passa por várias fases”, destacou a ministra.
Defesa nega crimes
A defesa de Alexandre Ramagem negou nesta terça-feira (2) que o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenha determinado o monitoramento ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de desafetos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante sustentação realizada durante o julgamento do núcleo 1 da trama golpista, que tem Ramagem como um dos réus, o advogado Paulo Renato Cintra disse que os casos de monitoramento ilegal citados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia ocorreram antes da posse de Ramagem no comando da Abin. "Ramagem sequer era diretor da Abin à época", afirmou.
Cintra também negou que Ramagem tenha municiado o ex-presidente Jair Bolsonaro com informações falsas para embasar lives nas redes sociais e atacar o sistema de votação eletrônica, em julho de 2022, no período de pré-campanha.
Segundo Cintra, os arquivos enviados ao então presidente foram produzidos a partir de informações públicas e discursos do próprio presidente, além de "anotações e opiniões pessoais".
"Ramagem não atuou para orientar o presidente da República, não era um ensaísta de Jair Bolsonaro. Ramagem compilava pensamentos do presidente da República", disse.
O advogado acrescentou ainda que Ramagem não integrava mais o governo de Bolsonaro quando começou o que chamou de "acirramento de condutas", em julho de 2022. Cintra citou que o ex-diretor deixou o cargo em março de 2022 para concorrer às eleições. "Alexandre Ramagem não atuou na construção de mensagens de descrédito às urnas", completou.
A sessão prossegue para a realização das sustentações dos demais advogados dos réus.
Acusações
De acordo com a acusação da PGR, Ramagem teria atuado para descredibilizar o sistema eletrônico de votação, além de fazer parte de uma organização criminosa para auxiliar Bolsonaro na divulgação de notícias falsas, em 2022.
Conforme a PGR, o deputado também participou da chamada “Abin Paralela”, para obter informações contra opositores de Bolsonaro e ter conhecimento do monitoramento ilegal de ministros do Supremo e de desafetos políticos do ex-presidente.
Crimes
Atualmente, Ramagem é deputado federal. Em razão da imunidade parlamentar, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes imputados pela PGR.
A suspensão vale para os crimes de dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado, relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro.
Ramagem continua respondendo pelos crimes de golpe de Estado, organização criminosa armada e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Quem são os réus?
Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa;
Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Primeiro dia
Pela manhã, o relator, ministro Alexandre de Moraes, leu o relatório da ação penal, documento que contém o resumo de todas as etapas percorridas no processo, desde as investigações até a apresentação das alegações finais, última fase antes do julgamento.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados.
Foram destinadas oito sessões para análise do caso, marcadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.
A votação que vai condenar ou absolver os réus deve começar somente nas próximas sessões. As penas podem passar de 30 anos de prisão. (Com informações da Agência Brasil)
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J A Silva - 03/09/2025
ALGUEM TEM QUE INFORMAR/ALERTAR A ESSA DISTINTA SENHORA, PSEUDA JUIZA (MINISTRA?....OU ATRIZ?) QUE O VOTO, SEM A IMPRESSÃO, NÃO É E NUNCA FOI AUDITÁVEL, NEM AQUI E NEM NA COCHINCHINA. (ALGUÉM SABE ONDE FICA A COCHINCHINA?) AH! JÁ PESQUISEI. FICA AO SUL DO VIETNÃ.
Pedro luis - 03/09/2025
Eu não sabia que este torgados tipo a Ministra já formados em TI?Ela fala que urna e auditada ?Mas como auditar as urnas?Será auditoria visual?Eles não liberal código chave??
2 comentários