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Cuiabá, Terça-feira 09/12/2025

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'falas mal interpretadas' 09.12.2025 | 12h33

Vídeo - MPT pede retratação e Abilio grava e nega ter incentivado demissão de quem comemorou prisão de Bolsonaro

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Reprodução

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O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), publicou nesta segunda-feira (8) um novo vídeo no afirma que não apoia qualquer forma de perseguição política. O conteúdo contrasta diretamente com o tom adotado no dia 22, quando o gestor criticou quem comemorou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O vídeo foi publicado após o Ministério Público do Trabalho (MPT) recomendar que o prefeito faça uma retratação por falas que incentivem a perseguição, retaliação e demissão de trabalhadores por questões políticas. 

 

Conforme o MPT, caso as recomendações não sejam observadas, Abilio poderia ser alvo de medidas administrativas e judiciais, como o ajuizamento de Ação Civil Pública (ACP), com pedidos de tutela inibitória, remoção do conteúdo, imposição de obrigações de fazer e não fazer e pagamento de compensação por dano moral coletivo. 


Na transmissão feita após a ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, Abilio aconselhou seus seguidores a registrarem publicações de opositores para, no futuro, revidar.


“A gente tem visto também nas redes sociais algumas pessoas comemorando. Guarde, guarde prints, guarde mensagens. Um dia, um dia, você terá a oportunidade de revidar... Se você é empresário e tem alguém dentro do seu trabalho que está agindo contra os valores que você prega na sua empresa. Na hora que ela tropeçar, manda embora”, disse na época.

Contudo, nessa segunda, o prefeito adotou postura oposta no vídeo publicado. Logo no início, afirma que suas falas anteriores foram interpretadas de maneira equivocada.

 

Leia também - Após determinação, prefeitos alinham o apoio à pré-candidatura de senador


“Nos últimos dias teve um vídeo meu que gerou muitas interpretações e muitos comentários. Bom, quero deixar claro algumas coisas. Você não deve, não deve perseguir ninguém por opinião política. (...) Não deve guardar prints, não deve mandar embora ou provocar algum tipo de discussão”, ponderou.


Ele reiterou que conflitos ideológicos não devem interferir no trabalho. “Eu acho que o respeito no ambiente de trabalho é a melhor forma. Não se deve mandar embora uma pessoa simplesmente porque ela pensa politicamente diferente de você”, continuou.


Abilio afirmou que compreende a tensão do momento, mas rejeita respostas baseadas em revanche. “Eu sei que nós estamos passando por um momento muito difícil na política e muita das vezes a gente entende que a melhor saída é a revanche, mas não é. Não vai ser assim que vai resolver”.


Durante o vídeo, o prefeito citou decisões tomadas em Cuiabá para reforçar que não age motivado por ideologia. Para sustentar o posicionamento, ele mencionou a situação de 1.500 famílias que vivem em área invadida no Contorno Leste.
“Não é por votar em mim ou deixar de votar em mim, gostar de mim ou não gostar de mim. Não é esse o x da questão, são crianças, pessoas com deficiência, são idosos, são mulheres, chefes de família”.


Abilio reconheceu que sua fala anterior pode ter sido mal compreendida pelo tom adotado no calor do debate político. “Às vezes, a gente fica muito chateado com algumas decisões (...) e expressa de uma forma que as pessoas geram até um entendimento diferente". 

 

Veja vídeo:

 


O prefeito concluiu dizendo que a reconstrução política depende de propostas, não de hostilidades. “Nós vamos ter que resgatar esse país com um bom diálogo, com uma boa apresentação de propostas e não com perseguição política”, finalizou.

 

Ainda segundo o MPT, Abilio tem que deixar claro que o que foi pedido anteriormente está em desacordo com a Constituição da República de 1988, com as normas internacionais de direitos humanos e com a legislação trabalhista antidiscriminatória, com especial atenção à tutela dos direitos humanos e fundamentais à igualdade, à liberdade política e ideológica, à liberdade de expressão e ao trabalho em condições dignas.

 

“A exigência de remoção/indisponibilização do conteúdo e de retratação pública, pelo noticiado, mostra-se adequada, necessária e proporcional para reafirmar, perante empregadores e trabalhadores, que perseguições político-ideológicas e a elaboração/compartilhamento de listas discriminatórias de trabalhadores por sua orientação política não têm qualquer guarida no ordenamento jurídico internacional e nacional”, ressalta o órgão, “rechaçando toda tentativa de transformar o contrato de trabalho em instrumento de retaliação política, qualquer que seja o espectro ideológico”, diz o MPT.

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