Publicidade

Cuiabá, Segunda-feira 15/12/2025

Política Nacional - A | + A

'manifestação de opinião, não crime' 14.08.2025 | 08h31

Bolsonaro alega ausência de provas e pede para ser absolvido na ação do golpe

Facebook Print google plus

Gustavo Moreno/STF

Gustavo Moreno/STF

Em alegações finais enviadas ao STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu para ser absolvido da acusação de tentativa de golpe de Estado por falta de provas.

 

A defesa argumenta que Bolsonaro é inocente e não participou em qualquer tipo de conspiração contra a democracia, afirmando que as acusações contra ele carecem de suporte probatório e legal.

 

Além disso, os advogados garantem que as ações do ex-presidente após as eleições de 2022 foram no sentido de garantir a transição democrática e desestimular a violência.


A defesa alega que as ações atribuídas a Bolsonaro, como discursos em lives, reuniões ministeriais ou com embaixadores, são manifestações de opinião política e eleitoral, e não atos criminosos.

 

Leia mais - Em votação simbólica, Edson Fachin é eleito presidente do STF; Alexandre de Moraes será vice

 

Para os advogados, as ações de Bolsonaro foram antagônicas aos propósitos de uma suposta organização criminosa que teria atuado para aplicar um golpe militar.

 

A defesa ainda defende a nulidade da delação de Mauro Cid por entender que ele mentiu reiteradamente, descumpriu as condições do acordo ao usar redes sociais e revelar informações sigilosas. Os advogados de Bolsonaro também afirmam que as declarações de Cid foram obtidas sob pressão e coação.

 

Cerceamento de defesa
A defesa argumenta que houve cerceamento ao longo de todo o processo, destacando que não teve acesso completo a todas as mídias digitais e dados brutos extraídos de aparelhos celulares apreendidos e periciados, nem ao conteúdo integral das interceptações telefônicas.

 

Segundo os advogados, toda a instrução da ação penal ocorreu sem que a defesa pudesse exercer de forma efetiva o contraditório, baseando-se em textos sem contexto e impedindo a análise aprofundada das provas e a participação plena nos depoimentos dos demais envolvidos.

 

A defesa também chamou de “inusitadas” as narrativas de prisão do ministro Alexandre de Moraes e a delação do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.

 

“O texto que previa apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes também não existe; nunca foi encontrado. Inusitada também essa era das narrativas, que aqui substitui não só a era das imagens, para a exigência de prova no processo penal”, disse.

 

Delação de Cid
Além disso, a defesa de Bolsonaro pediu ao STF que seja anulada a delação premiada de Mauro Cid. Os advogados alegam falta de veracidade e quebra das condições do acordo.

 

A defesa do ex-presidente afirma que as declarações de Mauro Cid não resultaram de um ato voluntário nem foram pautadas na verdade desde o início.

 

Para os advogados, dado o caráter central da delação para a acusação e as diversas inconsistências e falsidades, o acordo deve ser afastado por completo, pois “não existe colaboração parcial”.

 

Posse de Lula
Para a defesa, o ex-presidente nunca participou de uma organização criminosa que pretendia impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, atacando os poderes constitucionais.

 

“A narrativa da acusação encontra obstáculo intransponível na realidade: a transição do governo com a participação do ex-presidente também foi fato amplamente provado nos autos. Trata-se de prova que elimina a mais necessária das premissas acusatórias”, disse a defesa.

 

Julgamento
Com a entrega das alegações finais, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, pode marcar o julgamento do núcleo 1 na Primeira Turma do STF.

 

O R7 apurou que Moraes vai dar um mês para os ministros estudarem o caso antes do julgamento.

Por ter fechado acordo de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid foi o primeiro dos réus do núcleo 1 a entregar as alegações finais ao STF.

 

Ele solicitou a manutenção dos termos acordados com a Polícia Federal durante a fase de inquérito.


PGR defendeu condenação de todos os réus
A PGR (Procuradoria-Geral da República) já apresentou as alegações finais em julho.

 

No parecer, o procurador-geral, Paulo Gonet, pediu a condenação dos oito acusados e disse que Bolsonaro foi o “principal articulador e maior beneficiário” das ações para tentar implantar um golpe de Estado no país.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Você concorda em manter políticos que estão fora do país no cargo?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Segunda-feira, 15/12/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.