25.10.2015 | 10h00
Apesar de ser alvo de uma decisão que determinou bloqueio de R$ 25 milhões em suas contas e bens como automóveis e imóveis, o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes (PHS), afirma que não tem nenhum dinheiro em suas contas. Nem no Brasil e muito menos em outros países, como se comenta nos bastidores políticos. “Eu não tenho dinheiro nenhum, não tem absolutamente nada. Também nunca roubei qualquer centavo de dinheiro público. Eu desafio qualquer um a provar que tenho dinheiro guardado aqui ou no exterior. Já passei até por dificuldades financeiras”, desafiou Eder em entrevista por telefone ao Gazeta Digital.
Apesar disso, ele, através de seus advogados tenta cassar uma decisão do juiz Jeferson Schneider que determinou o bloqueio da milionária quantia em uma das ações penais originadas da Operação Ararath, sob acusação de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. “O que eu tenho é a minha casa onde moro com a minha família, uma area de terra em Chapada dos Guimarães e os veículos que utilizamos. E esses bens estão sofrendo bloqueio determinado pelo juiz”, lamentou Moraes.
Questionado sobre o valor desses bens ele afirma que está tudo devidamente declarado e comprovado em seu imposto de renda. Ainda assim, segundo o ex-secretário, não bastasse as várias ações penais e investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF), ele ainda é alvo da “maior devassa já realizada com pessoas físicas e jurídicas por parte da Receita Federal. Estou justificando tudo, item por item, provando tudo, porque minha vida fiscal sempre foi muito bem organizada”, enfatiza.
Sobre os valores que o MPF pede que sejam bloqueados be como os R$ 500 milhões que as investigações da Operação Ararath dizem que foram movimentados no esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, Eder afirma que isso não existe. “São cifras superlativas tratadas como banalidade pra macular e denegrir a imagem das pessoas. Eles acusam, mas não provam nada. Desafio a provar que desviei 1 centavo de dinheiro público”, cutuca Eder ao fazer referência aos procuradores da República que integram a força-tarefa criada para analisar milhares de documentos apreendidos em todas as fases da Operação Ararath.
Modernização na Sefaz
Na entrevista, Eder Moraes também refutou as acusações do MPF de que ele quando era secretário de Estado concedeu incentivos fiscais irregulares na ordem de R$ 192 milhões às empresas Martelli Transportes, Transportes Panorama, Transoeste Logística e Transportes do Oeste.
Ele comandou a Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) por 2 anos (2008 a 2010) e afirma que foi o secretário que mais arrecadou impostos sem aumentar a alíquota. “Pelo contrário, o que fiz foi aumentar a base de arrecadação”. Também afirma que foi ele quem modernizou o sistema ao implantar a emissão de nota fiscal eletrônica reduzindo as possibilidades de prática de crimes envolvendo alguns fiscais de tributos.
Foram investidos, segundo Eder, R$ 35 milhões na modernização da Sefaz e na forma de arrecadação. Para isso ele contou com o auxílio do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), de Minas Gerais, criado por Vicente Falconi, consultor de grandes grupos empresariais brasileiros e segundo Eder, o especialista de maior reputação no Brasil na área tributária. “Agora o governo do Pedro Taques contrata esse mesmo instituto e vem dizer que é novidade. Ora, eu fiz isso em 2008”, enfatiza Moraes. “Fiz pra modernizar a base corrompida que existia a arrecadação do governo. Era uma relação muito prostituída entre alguns setores que já foi comprovada em várias operações policiais”, finalizou Moraes.
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