Mais de 20 mil tomam as ruas de Cuiabá contra corrupção

Welington Sabino

(Atualizada às 16h36 e 17h55) ) Mais de 20 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram da manifestação Muda Brasil neste domingo (15) que teve a Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá como ponto de concentração. Depois, saíram em caminhada subindo a Avenida Getúlio Vargas até a Praça Oito de Abril na região da Praça Popular. Entre os manifestantes, tinham milhares de famílias que foram às ruas com crianças e idosos, além de adolescentes e jovens. Entre centenas de faixas, cartazes, e gritos de palavras de ordem, pediam o fim da corrupção, a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) e a saída do Partido dos Trabalhadores do comando do país. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi alvo das manifestações.

Welington Sabino

Centenas de policiais militares trabalharam no monitoramento fazendo correntes nas ruas laterais à praça que foram bloqueadas e eram controladas por agentes de trânsito, os amarelinhos. Quando começou a caminhada, os PMs seguiam junto com os manifestantes. Segundo o coronel Zaquel Barbosa, comandante-geral da Polícia Militar, a estratégia de segurança foi planejada para dar conta de um público entre 10 mil a 20 mil pessoas. Ele não quis detalhar qual foi o efetivo policial empregado para acompanhar, mas o número de policiais foi superior a 500. Um helicpótero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) também foi usado e ficou sobrevoando a região observando o deslocamento da multidão. Policiais à paisana estavam distribuídos entre os manifestantes. Homens do Corpo de Bombeiros também participaram da segurança.

Algumas pessoas ligadas à organização do protesto chegaram a falar em mais de 30 mil pessoas presentes na caminhada. No entanto, a versão oficial da PM até as 17h era que o número oscilava um pouco acima dos 20 mil participantes, mas não chegava aos 30 mil.

Welington Sabino

Assim como em outras regiões do Brasil, a maioria dos manifestantes estava vestida com camisetas do Brasil e roupas verdes ou amarelas representando as cores da bandeira brasileira. Aos gritos de "Fora Dilma", eles protestam contra o governo petista e contra a corrupção. O protesto também foi palco de comércio de camisestas e bandeiras do Brasil bem como buzinas e apitos que custavam entre R$ 5 e R$ 20.  

Entre os participantes também tinham membros da maçonaria e integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT). No trajeto, os manifestantes cantavam o hino do Brasil, gritavam "Fora Dilma e leve o PT junto", "pede pra sair Dilma" e outras palavras de ordem. Um caixão com os nomes de Dilma Rousseff e do PT também foi utilizado por um grupo de manifestantes. Eles diziam estar realizando um enterro simbólico da presidente. Não há informação de qualquer ocorrência policial durante o ato.

Também não foi vista qualquer bandeira de partido político e nem lideranças políticas mato-grossenses no evento. A exceção ficou por conta do vereador por Cuiabá, Maurélio Ribeiro (PSDB), o único político conhecido que foi visto na manifestação, já nas imediações da Praça Popular, em frente o prédio do Ministério Público Federal (MPF). Ele disse que o ato era uma manifestação legítima do povo que resolveu ir às ruas pra mostrar a indignação.

Nas eleições do ano passado, Dilma obteve 45,3% dos votos válidos, contra 54,7% do senador tucano, Aécio Neves, em Mato Grosso. Boa parte dos manifestantes foram até a Praça Alencastro de carro e estacionaram seus veículos nas imediações do local. Na chegada, houve congestinomaentos nas ruas laterais que cruzam a Avenida Getúlio Vargas. Crianças, idosos e famílias inteiras participaram da manifestação. Buzinas, apitos camisetas e bandeiras eram comercializadas na Praça Alencastro pouco antes de ter início a caminhada.