cobrou manifestação 19.08.2022 | 23h00
Isac Nóbrega/PR
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cobrou uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o pedido da Polícia Federal para indiciar criminalmente o presidente Jair Bolsonaro devido à afirmação feita pelo chefe do Executivo de que as vacinas contra a Covid-19 podem desenvolver Aids.
Moraes pediu o posicionamento da PGR pois cabe ao órgão processar criminalmente o presidente da República por crime comum. A Procuradoria-Geral foi acionada pelo ministro na última quarta-feira (17).
Em outubro do ano passado, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro declarou que "relatórios oficiais do Governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto".
Na mesma transmissão, ele citou um suposto estudo atribuído a Anthony Fauci, médico imunologista norte-americano, e disse que "a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe de espanhola mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara."
Nesta semana, a Polícia Federal finalizou o inquérito sobre as declarações do presidente e chegou à conclusão de que ele cometeu os delitos de epidemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação ao crime.
As investigações da coroporação mostraram que o texto lido pelo presidente foi elaborado pelo ajudante de ordens do gabinete da Presidência, Mauro Cid. Segundo a PF, Cid colheu as informações na internet, em reportagens e artigos, mas deturpou o conteúdo que leu e a partir daí produziu textos com informações falsas.
"Jair Messias Bolsonaro, por sua vez, de forma direta, voluntária e consciente, disseminou as desinformações produzidas por Mauro Cid, em sua live semanal no dia 21 de outubro de 2021, causando verdadeiro potencial de provocar alarme junto aos espectadores, ao propagar a desinformação de que os 'totalmente vacinados contra a Covid-19' estariam 'desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto', e que essa informação teria sido extraída de 'relatórios do governo do Reino Unido'", escreveu a delegada Lorena Lima Nascimento, no relatório final da investigação.
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