futuro econômico 09.07.2025 | 14h32
Henrique Raynal/Casa Civil
A relação entre Brasil e China atravessa uma “era de ouro”, marcada por convergência estratégica, avanço tecnológico e cooperação em áreas-chave para o futuro econômico global. A avaliação é do embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, durante evento realizado nesta quarta-feira (9) no BNDES, no Rio de Janeiro, para discutir energia limpa e descarbonização.
Zhu afirmou que os dois países estão cada vez mais alinhados em suas metas de desenvolvimento e ressaltou os resultados da cúpula do Brics, encerrada recentemente.
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“A China e o Brasil ingressaram em uma fase histórica de alinhamento estratégico. A declaração do Rio, as decisões sobre finanças climáticas e governança de inteligência artificial demonstram maturidade e visão comum”, afirmou.
Segundo o diplomata, a China mantém a liderança global na produção de equipamentos voltados à energia renovável.
O país asiático também vem impulsionando seu crescimento econômico, com previsão de atingir um PIB (Produto Interno Bruto) de 140 trilhões de yuans (cerca de US$ 19,5 trilhões) até o fim deste ano.
De acordo com Zheng Shanjie, diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, esse avanço equivale à criação de uma nova “região econômica” dentro do próprio país. “O crescimento médio anual de 5,5% é inédito em termos de escala e resiliência diante dos desafios globais”, destacou.
Mercadante: Brasil não se incomoda com avanço da China
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou o otimismo quanto ao papel da China como parceira estratégica e rechaçou qualquer receio diante do crescimento chinês. “Se há quem se incomode com o avanço da China, esse certamente não é o Brasil”, afirmou.
Para Mercadante, o papel do Estado é essencial no estímulo à inovação e no fortalecimento de áreas estratégicas.
Ele anunciou os resultados do edital do BNDES em parceria com a Finep, que recebeu 618 propostas para a implantação ou expansão de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I). Os projetos totalizam R$ 57,4 bilhões em investimentos.
O modelo chinês, que aposta em incentivos diretos a setores como eletrônica e farmacêutica, foi citado como referência.
“Sem o apoio do Estado, a inovação perde fôlego. O mercado sozinho não assume riscos suficientes. É preciso política pública ousada”, defendeu o presidente do banco.
Os centros de PD&I previstos no edital incluem laboratórios, plantas-piloto e outras instalações dedicadas ao desenvolvimento de tecnologias avançadas, com foco na colaboração entre empresas, universidades e instituições científicas.
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