Infraestrutura 08.09.2020 | 20h00
Carolina Antunes/PR
O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a dizer que pediu ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para analisar a isenção de pedágio para motociclistas em novos contratos de concessão de rodovias. A fala foi uma resposta a um apoiador com quem conversou na manhã desta terça-feira, 8, na saída do Palácio da Alvorada.
‘Nós somos 7,5 milhões de motoboys, menos de 1,5 milhão contribui porque ninguém sabe para onde vai nosso recurso‘, argumentou o apoiador. ‘O que eu orientei o Tarcísio (de Freitas, ministro da Infraestrutura), nas novas concessões, vê se é possível moto não pagar pedágio‘, respondeu Bolsonaro.
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O fim do pedágio para motociclistas já havia sido mencionado pelo mandatário antes. Em julho, logo após ter anunciado testar negativo para o novo coronavírus, o presidente quebrou o isolamento de 15 dias e fez um passeio de moto pela capital federal. Na ocasião, prometeu a um grupo de apoiadores que contratos futuros de concessões de rodovias não irão cobrar pedágio de motociclistas.
Ele disse ter dado essa diretriz ao ministro da Infraestrutura. ‘Já falei com o Tarcísio para em novos contratos isentarem motociclistas‘, afirmou no dia 25 de julho.
Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou, contudo, para bancar essa isenção para os motociclistas o pedágio subiria em média 5% para outros motoristas, de acordo com cálculos da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
Nesta terça-feira, o apoiador que questionou Bolsonaro sobre a situação dos motociclistas ressaltou ainda que ‘muitos querem contribuir‘ e que ‘a solução do Renda Brasil está lá‘, em referência ao novo programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família. ‘Renda Brasil? Sabe quanto custa?‘, indagou o presidente, sem fazer mais comentários sobre o tema.
O Programa Renda Brasil, que ainda está sendo desenhado pelo governo, enfrenta desafios de fonte de financiamento.
O anúncio do benefício foi suspenso por Bolsonaro após discordar das alternativas apresentadas pela equipe econômica para bancar a proposta, entre elas o fim do programa de abono salarial.
O programa é dos fatores que tem pesado para o desgaste do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. O primeiro escalão diverge sobre gastos públicos na retomada econômica.
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