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manifestação cultural 30.04.2023 | 08h00

Projeto de lei quer reconhecer vira-lata caramelo como patrimônio imaterial do Brasil

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MATERIAL CEDIDO/R7 - ARQUIVO

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Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados quer reconhecer a expressão "vira-lata caramelo" como manifestação cultural imaterial do Brasil. O texto homenageia o animal ao caracterizá-lo como "um dos cachorros mais populares e amados" do país, e exalta a "mistura de raças" do bicho, responsável por "mostrar que a diversidade é uma das nossas maiores riquezas".

 

A proposta é de autoria do deputado Felipe Becari (União Brasil-SP). O parlamentar, que se define como um defensor da causa animal, afirma que a sugestão partiu das dificuldades enfrentadas pelas entidades que lutam pelos direitos dos animais.

 

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"Fui eleito pelas pessoas que amam o meio ambiente e os animais. As questões de abandono e de maus-tratos precisam ser enfrentadas no país, e o Parlamento é o espaço adequado para essas discussões", comenta o deputado.

 

O projeto foi protocolado na Câmara em 14 de abril e aguarda despacho do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para a definição das comissões nas quais tramitará. "Temos de fomentar as adoções. Apenas no instituto que apoio, temos quase mil animais à espera de um lar. Assim, a ideia é reforçar a cultura da adoção e o fim do preconceito contra os animais sem raça definida", completa. 

 

Amores de quatro patas
O designer gráfico Dudu Lessa, de 36 anos, adotou cachorros abandonados. O morador da Asa Sul, em Brasília, é tutor de dois vira-latas caramelo — Chico, de 9 anos, e Caetano, de 8. "Chico foi o primeiro a chegar. Um amigo ligado à questão de proteção animal ficou sabendo que ele tinha sido abandonado pelo antigo dono e estava preso na casa. Conseguiram resgatá-lo e eu o adotei", conta.

MATERIAL CEDIDO/R7 - ARQUIVO

Chico, Dudu e Caetano

 

Seis meses depois, uma amiga do designer gráfico encontrou um cachorro parecido com Chico na rua e pensou que o cão de Dudu tivesse fugido. "Era o Caetano. Não tinha nem 1 ano ainda. Ele parecia muito com o Chico quando era filhote. Hoje em dia, é muito maior", explica.

 
 

Bem na época, o designer gráfico pensava em adotar mais um pet. "Pedi a ela que o levasse para casa. Disse: 'Vamos vacinar, castrar e vou acostumar os dois'. Foi assim que eu peguei o Caetano", relembra.

 

O projeto de lei descreve os vira-latas caramelo como simpáticos, carinhosos, divertidos e leais, e Dudu concorda — e muito — com as características. "Eles são uns amores. O Chico é muito calminho, quietinho e manhoso, gosta de um drama. O Caetano é mais alegre, mais esperto e danado, mas também é um fofo. Os dois são muito grudados em mim. Eu trabalho de casa, então eles passam o dia todo comigo no escritório. São muito calmos e muito tranquilos. Muito divertidos e bonzinhos", conta.

 

"Os vira-latas são os que mais sofrem para ser adotados, que são mais violentados nas ruas e que demoram mais tempo em abrigos. Precisam ser reconhecidos como patrimônio porque são específicos do Brasil e são a cara do país, a gente encontra em qualquer esquina. Até para que exista uma cultura de valorização deles, para que o preconceito, a violência e os maus-tratos que sofrem sejam reduzidos", disse. 

 
 

Em defesa do vira-lata caramelo
Em julho de 2020, quando o Banco Central anunciou a criação da cédula de R$ 200, houve mobilização, principalmente na internet, para a estampa da nova nota ser o vira-lata caramelo. Os pedidos renderam memes nas redes sociais.

 

A campanha originou um abaixo-assinado com pedido para tornar o cão o ícone da nota de R$ 10. No entanto, nenhuma das manifestações vingou. Meses depois do lançamento da cédula de R$ 200, o Banco Central divulgou um vídeo em que o vira-lata caramelo pedia para o lobo-guará — símbolo da nova nota — ser recebido com o mesmo carinho pelos brasileiros.

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