pós-carnaval 20.02.2023 | 09h17
Wesley Amaraol/Câmara dos Deputados
A nova tentativa de aprovar uma reforma tributária é prioridade do Congresso para a volta do carnaval. Com o grupo de trabalho já instalado na Câmara para debater o tema e discussões paralelas ocorrendo junto aos senadores e representantes do governo federal, a expectativa é pela aprovação de uma reforma completa ainda em 2023.
O foco econômico também vem na forma do envio de um novo arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos (mecanismo que limita o aumento de despesas públicas à inflação registrada no ano anterior), e deve chegar aos parlamentares ainda em março.
A agenda pós-carnaval será marcada por um encontro entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e lideranças partidárias. A ideia do governo, conforme apurou a reportagem, é ajustar as demandas do Executivo em relação à reforma aos textos que já estão em tramitação na Câmara e no Senado. O envio de um novo texto, portanto, não deve ocorrer, mas sim, sugestões de emendas às propostas vigentes.
Para agilizar a discussão, Haddad sugere o fatiamento da reforma em duas partes. A primeira com foco na mudança da tributação sobre o consumo e expectativa de aprovação ainda no primeiro semestre. Já a segunda, a ser apresentada no segundo semestre deste ano, com mudança dos impostos sobre a renda.
"O Congresso dá a última palavra, mas, se o governo empurrar, vai ajudar muito na tramitação", disse Haddad, em evento com empresários na quarta-feira (15). No mesmo dia, ele disse que pretende antecipar o envio para março, um mês antes do cronograma que já tinha sido antecipado. "Em março, provavelmente, nós vamos anunciar o que entendemos ser a regra fiscal para o país."
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez o compromisso de encaminhar os temas. Ele disse que as medidas precisam ser deliberadas "imediatamente" como estratégias fundamentais para controlar a inflação e diminuir a taxa básica de juros, a Selic. Pacheco disse que ambas as matérias encontram convergência entre Executivo e Legislativo e que é necessário reduzir "ruídos desnecessários".
Mesmo travando a pauta de votação do Congresso, a análise de vetos presidenciais não tem movimentado as discussões internas entre senadores e deputados. Há, no entanto, interesse em revisar vetos à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, sobretudo após análise de técnicos das Casas questionando as vedações.
Outras questões que ficam para segundo plano são as revisões das reformas aprovadas nos últimos anos pelos parlamentares. O governo federal tem pressionado uma mudança na autonomia do Banco Central, mas a possibilidade não tem cativado o Legislativo e tem a negativa expressa de Lira. De acordo com o presidente da Câmara, há possibilidade de revisitar temas, mas não de realizar mudanças radicais, citando, ainda, a reforma trabalhista. "Antes de a gente falar do que a gente pode desmanchar ou mudar, vamos falar do que a gente pode construir", disse.
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Benedito da costa - 20/02/2023
As reformas fiscais, tributárias, administrativas só não agrada ao governo.
1 comentários