'afronta ao Judiciário' 11.12.2025 | 17h25
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados/Arquivo
O Supremo Tribunal Federal (STF) planeja uma resposta à decisão da Câmara dos Deputados de manter o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), pelo resultado desobedecer à Corte, que determinou a perda imediata do cargo após ela ter sido condenada por participar da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão favorável a Zambelli foi tomada pela Câmara na madrugada desta quinta-feira, 11. Ministros do tribunal interpretaram a atitude dos parlamentares como uma afronta ao Judiciário, com potencial para amplificar a crise entre o STF e o Congresso Nacional.
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A partir da desobediência da Câmara, o tribunal pode tomar algumas atitudes. Uma delas é aguardar a chegada de uma ação, que pode ser de autoria da Procuradoria-Geral da República (PGR) contestando o descumprimento da decisão do STF e pedindo a anulação da votação na Câmara.
Nesta quinta-feira (11), o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), anunciou que o partido protocolou pedido no STF pedindo que a Corte obrigue o presidente da Casa legislativa, Hugo Motta, a cumprir a decisão de perda de mandato.
“Se Motta não cumprir decisão do STF está cometendo crime de responsabilidade”, disse o petista.
A partir deste instrumento, o Supremo poderia restabelecer a perda de mandato de Zambelli e apurar as circunstâncias do descumprimento. Por outro lado, o relator do processo, Alexandre de Moraes, poderia tomar providências sozinho no sentido de garantir o cumprimento da decisão da Corte e invalidar os efeitos da sessão da Câmara.
Existe no STF jurisprudência consolidada para a perda de mandatos de parlamentares condenados. Aconteceu da mesma forma com o ex-deputado Daniel Silveira, que foi condenado por ataques ao STF e aos ministros da Corte.
Segundo a Constituição Federal, a Câmara ou o Senado decide sobre a perda de mandado do parlamentar condenado criminalmente em caráter definitivo. O entendimento do STF é que, para condenações em regime fechado, a perda de mandato é automática, porque seria inviável exercer a atividade parlamentar de dentro da prisão.
Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão. Com isso, ficou inelegível por oito anos e teve a perda automática do mandato determinada. A deputada também foi condenada pelo tribunal a cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, por ter perseguido, armada, um homem na rua em 2022.
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