01.06.2003 | 03h00
A atriz Norma Blum completa 50 anos de teatro só em junho, mas já ganhou vários presentes: está de volta aos palcos, curou-se do câncer de mama que a impedia de trabalhar desde 2001 e voltou a receber propostas para o cinema. A guinada aconteceu no mês passado, depois que a atriz declarou que estava sem emprego e que poderia ser despejada do apartamento onde mora, em São Paulo. "Quando o ator está doente os diretores evitam chamar", conta. "Pensam que ele pode morrer no meio da trama", justifica
A história comoveu a classe artística. Comenta-se que o elenco da global Kubanacán, teria pedido ao diretor Carlos Lombardi que criasse um personagem para Norma na trama. "Eu ouvi falar muito sobre isso, mas até hoje não fui procurada pela emissora", diz.
Para o cinema, no entanto, Norma já recebeu um convite. Vai gravar O Golpe Burguês, filme de Edu Lacerda, ainda sem data prevista para estrear. "O cinema é a arte do detalhe e também minha grande paixão", conta. "Estou louca para voltar, já que não gravo um filme desde os anos 80".
Da tevê, Norma se despediu em 2001, quando viveu a divertida Leonor, personagem de Pícara Sonhadora, exibida pelo SBT. "Ela era uma perua e eu nunca havia interpretado um tipo fútil como esse", conta. "Para mim, sobrava sempre o papel da mocinha".
A fama de boazinha é herança da extinta Tupi Rio, que Norma ajudou a fundar. "Entrei lá em 1951, ano da inauguração da emissora", conta. "Peguei carona no amor do meu pai pela arte e acabei me apaixonando pelas câmeras também".
O pai de Norma era Robert Blum, um austríaco que havia fugido da Segunda Guerra para morar no Rio. Na Tupi, ele comandava Aulas de Inglês, programa que revelou o talento da filha. "Eu cantava , tocava violão e apresentava trechos de peças".
Por ser bonita e muito meiga, Norma ganhou o rótulo de heroína das novelas. De 58 a 66, brilhou no Teatrinho Trol, um fenômeno de massa dirigido por Fábio Sabag. "Era um programa que apresentava clássicos da literatura mundial", conta. "Todo domingo lá estava eu: como a fada, a princesinha ou a mocinha sonhadora".
Culpa dos belos olhos azuis, dos longos fios dourados, da voz mansa e do ar angelical que nunca permitiam a Norma encarnar uma vilã. "Eu vivia querendo saber como era o outro lado da moeda", diz. De tanto pedir, em 1981 Norma ganhou sua malvada: Frau Herta, da global Ciranda de Pedra. Mas o título de personagem preferido, a atriz reserva para Aurélia, de
No exterior, Norma fez sucesso através de Malvina, de Escrava Isaura (Globo, 1976). "A personagem começou pequena, mas aos poucos, acabou crescendo", conta. "Na tevê, o ator acaba escrevendo o texto junto com o autor, o que é maravilhoso".
Apesar do fascínio pela telinha, hoje Norma ocupa seu tempo com os palcos. Aos 63 anos, cumpre uma agenda rigorosa, que inclui ensaios até às 2h no teatro Recriarte Bijou, onde a atriz encena a peça O Despertar dos Anjos. "É inspirada na obra de Chico Xavier e tem direção de Gabriel Castellani", conta. "Estudo assuntos místicos há mais de 20 anos. Acho que nos ajudam a entender os obstáculos que enfrentamos".
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