03.12.2006 | 03h00
A Record comemorou muito a estréia de Vidas Opostas. E com razão. A novela conseguiu a maior audiência de estréia na história da teledramaturgia da emissora: 17 pontos com pico de 18. Vidas Opostas, que entra no ar às 22h e obteve no segundo dia no ar, conquistou no segundo dia, a vice-liderança absoluta, preocupando o SBT, que registrava apenas 7 pontos. Excetuando a Globo, a Record registrou uma média superior à soma de todas as demais emissoras. O ranking registrado no dia teve a Globo com 29 pontos, Record com 17, SBT (7), Band e Rede TV (3) e Cultura (2).
Escrita por Marcílio Moraes e com direção de Alexandre Avancini, a trama conta uma história de amor entre um moço rico e uma garota pobre. O ingrediente especial é mostrar o outro lado de um cenário muito explorado pelos folhetins brasileiros - o Rio de Janeiro. As praias e outros pontos turísticos conhecidos estão nas cenas, é claro. Mas a violência, o tráfico, a corrupção policial e a miséria que dominam boa parte da cidade desta vez ganham inusitado destaque.
Desde o início, a emissora afirma que tinha a intenção de mostrar a realidade nua e crua. Para o autor, a novela é ousada, embora realista. E o diretor aposta justamente nessa temática para conseguir sucesso de audiência. Afinal, o filme Cidade de Deus, uma das principais inspirações para o projeto, teve maravilhosa repercussão junto ao público e à crítica.
Logo nos primeiros capítulos, cenas bem dirigidas de combate entre policias e traficantes trouxeram ação e dinamismo à história. A interpretação convincente de alguns atores pertencentes à ala do mal, como Heitor Martinez, por exemplo, também segura o telespectador. E ainda é preciso destacar as presenças de Leandro Firmino - que vive o traficante Sovaco - e Phelipe Haagensen, o Pavio, outro dos bandidos. A mesma naturalidade que mostraram no cinema - justamente em Cidade de Deus - eles mantiveram na estréia em novelas. Mas encontrar o limite para manter o foco no assunto violência parece ser o segredo para não cansar o telespectador.
A novela tem um casal de protagonistas jovens - vividos por Maytê Piragibe e o estreante Léo Rosa - que já mostrou entrosamento. O texto é bom e flui com tranqüilidade nas mãos de figuras experientes como Lucinha Lins e Cecil Thiré. Sem contar os detalhes pequenos que o autor trabalha de forma eficiente. Como a presença de um estagiário paraplégico trabalhando ao lado do promotor Leonardo, interpretado por Luciano Szafir. A cena que mostra o rapaz em uma cadeira de rodas trabalhando normalmente, sem estar em um papel de deficiente físico, dá o recado com uma naturalidade que a Globo nunca conseguiu alcançar em seus folhetins.
Vidas Opostas tem elenco, mocinha, galã, romance, comédia e todos os ingredientes que o telespectador procura em uma novela. Tem, inclusive, trilha sonora bem pensada, calcada nas canções de Chico Buarque. A Record só precisa mesclar tudo isso com as cenas de violência que quer mostrar para segurar o público e manter os bons índices de audiência.
Vidas Opostas
Record, de segunda a sábado, às 22h
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.