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15.09.2005 | 03h00

Verdades e mentiras sobre pimentas

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É difícil dizer se existe algo mais exótico na alimentação do que pimentas. Parece até coisa de doido gostar de comer alguma coisa que provoque uma ardência na língua e que nos faça soltar fogo que nem um dragão. Mas a verdade é que quem começa a comer pimenta, mesmo que seja da mais fraquinha, só tende a aumentar sua vontade por algo mais forte.

Podemos dizer que é quase como vício. Segundo o especialista em pimenta Nelusko Linguanotto Neto, autor do livro Dicionário Gastronômico de Pimentas com suas receitas, isso acontece porque a picância da pimenta causa uma sensação semelhante a de uma queimadura, e o cérebro, para compensar o desconforto, libera a produção das chamadas endorfinas.

Essas substâncias são liberadas também quando praticamos exercícios físicos. Elas têm a capacidade de produzir um efeito analgésico prolongado e um intenso bem-estar.

"Existem duas famílias de pimentas, as quais são sempre confundidas, pois para as pessoas tudo é pimenta. Na realidade temos a família das Piperáceas, sendo a pimenta-do-reino a mais famosa, e a família Capsicum, sendo a malagueta e a dedo-de-moça as mais conhecidas", explica.

Muita gente acredita que as pimentas fazem mal, mas é justamente o contrário. "As da família Capsicum, não são irritativas para o estômago como se pensa. Elas têm um efeito cicatrizante e bactericida, protegendo a mucosa estomacal. São grandes fontes de vitaminas A e C", afirma.

E também agem como adstringentes e ajudam a combater diarréias e vermes. Seus compostos vêm sendo estudados ainda no tratamento de câncer e do diabetes. Já se sabe que são eficientes contra artrites e neuropatias.

Comenta-se muito que uma pimenta que realmente faz mal é a pimenta-do-reino. A verdade é que existem pessoas que não podem mesmo comer esse tipo por causa de reações alérgicas. Mas o grande mal desta pimenta não está propriamente em seu fruto, mas sim na sua moagem. Quando ela é moída de forma muito fina, ocorre o risco de se acumular nas paredes do estômago.

E quem nunca ouviu falar que pimenta esquenta ou dá calor? Esse comentário costuma fazer com que as pessoas pensem que o fruto não deve ser consumido em lugares muito quente, como Cuiabá por exemplo. Mas essa teoria é falsa.

"O consumo das pimentas em regiões quentes, além de temperarem os alimentos, servem como regulador da temperatura do corpo, aumentando a nossa resistência a altas temperaturas", informa Nelusko, que garante que a contra indicação para as pimentas esta somente na sensibilidade de cada indivíduo. Ele diz ainda que quanto mais velhos ficamos, menos sensíveis somos as pimentas. Basta verificar que quase sempre a pessoa mais velha da família consome pimentas muito fortes.

"Os brasileiros sempre consumiram pimentas, mas nos últimos anos o interesse por elas aumentou muito, obrigando a maioria dos restaurantes ter um molho de pimentas próprio. Mas ainda estamos longe de consumir como a Coréia do Sul, 8 gramas per capita e a Tailândia, 5 gramas per capita diariamente", conta.

Com toda essa conversa sobre pimenta, é possível que muita gente queira começar a adquirir o bom hábito de tê-las como um acompanhamento durante as refeições. Então, o ideal é começar devagar. "A pimenta mais fraca é a biquinho e a cambuci, que na escala de ardência é zero. Temos a jalapeno com 5, a dedo-de-moça com 6, a pimenta cheiro-do-norte com 7, a pimenta-de-bode com 8, malagueta com 9 e a scotch bonnet e a habanero com 10", cita Nelusko.

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