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sucessos duradouros 05.11.2025 | 08h04

Quatro anos sem Marília Mendonça; relembre a trajetória da ‘rainha da sofrência’

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Reprodução/Instagram

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Marília Dias Mendonça acumulou mais de uma década de estrada entre composições e interpretações quando perdeu a vida em 5 de novembro de 2021, aos 26 anos.

 

Quatro anos depois, sua presença segue incontornável: sucessos duradouros, prêmios de peso e números gigantes nas plataformas consolidaram a artista como uma das vozes mais marcantes do sertanejo e do chamado feminejo, movimento no qual se tornou referência pela linguagem direta e pela força de suas letras.

 

A história começou cedo. Adolescente, ela procurou o empresário Wander Oliveira, fundador da Work Show, levando um disco caseiro com dez canções autorais. Mesmo sem aposta imediata como intérprete, foi contratada para compor e passou a receber salário fixo.Ela demorou para cair na estrada como cantora, mas, quando o lançamento veio, o impacto foi imediato. Relatos dão conta de público cantando “Alô Porteiro” em uníssono ainda nos primeiros shows em Goiânia.

 

Sucesso como cantora


Como cantora, seu repertório inaugural reuniu faixas que se tornariam cartão de visitas, como “O Que Falta em Você Sou Eu” e “Sentimento Louco”. Em 2015, ela gravou o primeiro DVD e, no ano seguinte, “Infiel” transformou-se em fenômeno popular, catalisando a ascensão de novas vozes femininas no gênero.

 

Ao mesmo tempo, a compositora seguiu prolífica. Estão em seu nome canções gravadas por grandes artistas do sertanejo, como “Calma” (Jorge & Mateus), “Flor e Beija-Flor” e “Cuida Bem Dela” (Henrique & Juliano) e “É Com Ela Que Eu Estou” (Cristiano Araújo). Segundo o Ecad, são centenas de obras e gravações cadastradas.

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Parcerias no microfone também marcaram a discografia: Henrique & Juliano, Gusttavo Moura & Rafael, Bruno & Marrone, Zezé Di Camargo, Anitta, Ivete Sangalo, Dulce María, Xamã e, de forma especial, Maiara & Maraisa, com quem concebeu “Agora é que São Elas 2”, “Patroas” e “Patroas 35%”.

 

Os marcos comerciais e artísticos se multiplicaram. Ela levou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja por “Todos os Cantos” (2019), projeto registrado em diferentes cidades do país, e que ajudou a consolidá-la como artista de alcance nacional. Em meio à pandemia, bateu o recorde de audiência em lives no YouTube, com 3,31 milhões de visualizações simultâneas. Em diferentes levantamentos, acumulou feitos nas plataformas, incluindo o marco de bilhões de reproduções e posicionamentos de destaque entre os mais ouvidos no Brasil.

 

Queda de avião e morte


A morte, em um acidente aéreo próximo a Caratinga (MG), comoveu o país. Investigações apontaram impacto no solo após a aeronave se enroscar em cabos de energia; laudos descartaram problemas de saúde ou substâncias psicotrópicas na tripulação. Além da cantora, morreram o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

 

Mesmo após a morte, a artista seguiu mobilizando público e indústria. A Work Show relata que o catálogo digital permanece entre os mais rentáveis. Três EPs do projeto “Decretos Reais”, com registros feitos antes do acidente, trouxeram releituras e canções de forte alcance popular — entre elas “Te Amo Demais”, “Morango do Nordeste” e “Leão”, colaboração com Xamã que dominou apresentações ao vivo no país e acumulou centenas de milhões de plays no streaming e no YouTube. O álbum “Decretos Reais”, lançado em maio de 2023, venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja.

 

Marília construiu uma ponte direta com o público ao cantar dores, superações e afetos sem eufemismos. Sua postura ampliou espaço para mulheres em um gênero historicamente dominado por homens e criou uma referência geracional.

Entre bastidores e palco, deixou uma reserva de composições inéditas. Parceiras como Maiara afirmam guardar dezenas de músicas feitas a quatro mãos.

 

Quatro anos após a tragédia, o vazio persiste para familiares, parceiros e fãs, mas também se impõe a certeza de um legado que não arrefece. A obra permanece em rotação pesada, os projetos póstumos seguem ressignificando sua voz e a influência estética e temática que ela exerceu no sertanejo continua visível em novas artistas.

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