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senso crítico 07.06.2025 | 10h28

Sem regulamentação, avanço da IA desafia democracia e preocupa próximas eleições

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Rawpick/ Freepick

Rawpick/ Freepick

A inteligência artificial voltou ao centro dos debates nesta semana durante o 11º Fórum Parlamentar do Brics, realizado no Congresso Nacional. Ao longo de dois dias, representantes do Brasil e de países-membros do grupo discutiram formas de cooperação para promover o desenvolvimento de uma inteligência artificial mais responsável e inclusiva.

 

O tema já é prioridade para o governo brasileiro, que aguarda a regulamentação. No entanto, a urgência se intensifica diante dos impactos reais da IA no cotidiano e no processo democrático.

 

O sociólogo e presidente do IRIA (Instituto Brasileiro para a Regulamentação da Inteligência Artificial), Marcelo Senise, explica que a chegada de novas tecnologias tem impulsionado a produção de vídeos falsos e vozes clonadas, colocando em dúvida o que é real.

 

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Esse cenário pode não apenas afetar a vida da população, mas também abrir caminho para manipulações nas eleições de 2026.

 

“Estamos entrando em uma era de guerra semiótica e informacional, em que a verdade visual, que sempre foi um dos últimos bastões de credibilidade, pode ser completamente dissolvida”, comentou o especialista.

 

Para Senise, o avanço da inteligência artificial aliado a intenções maliciosas representa um risco significativo, sobretudo pelo aumento da desinformação. Esse cenário pode influenciar mudanças de voto, manipular emoções e acirrar debates.

Segundo ele, o maior perigo não está na mentira em si, mas no colapso da confiança pública.

 

“O que está em jogo é a própria ideia de fato. O maior risco é o ceticismo generalizado, a paralisia diante da dúvida. Quando tudo parece plausível, nada mais é confiável. A campanha de 2026 corre o risco de se transformar em um teatro de simulações.”

 

 

O especialista defende que a regulação dever ser técnica, objetiva e integrada, evitando uma legislação fragmentada.

 

“É necessário que todos os projetos sejam concentrados de maneira que não tenhamos uma legislação fragmentada. Tem que ser muito concreta, de maneira técnica e com uma legislação segura, que proteja especialmente as eleições, sem coibir as opiniões legítimas e sem permitir o avanço das fake news e deepfakes, que são uma das ameaças significativas para o processo eleitoral”, opinou.

 

Senise também ressalta que a regulação precisa ser antecipada com um marco legal sólido que responsabilize as plataformas digitais por conteúdos manipulados que circulam em seus ambientes. “Se uma empresa lucra com engajamento gerado por vídeos falsos, ela precisa responder por isso.”

 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na última quinta-feira (5) que espera finalizar a análise da legislação sobre inteligência artificial até o fim deste ano. O projeto já foi aprovado pelo Senado no ano passado e depende da votação dos deputados

Senso crítico e cooperação internacional são os caminhos


Em um cenário em que qualquer pessoa pode assistir a vídeos em alta definição de candidatos dizendo coisas falsas, com voz e imagens realistas, o presidente do IRIA reforça que o senso crítico é a melhor defesa contra essas manipulações.

 

“Temos que ensinar o eleitor e a sociedade a criticar, questionar e verificar a verdade. Estamos vivendo em uma era de pós-verdade. Se não ensinarmos os eleitores, se não fizermos um processo educacional que consiga gerar essa crítica, que eduque esse questionamento e verificação de fontes, possivelmente teremos um sistema apático”, afirma Senise.

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